Setor cultural alimenta esperanças para um 2022 produtivo

O ano de 2022 chegou e com ele as esperanças se renovam no setor artístico-cultural - que padeceu com a pandemia da Covid-19. Como sobrevivente, a área vem retomando aos poucos suas agendas e atividades e, mesmo que seja incipiente falar sobre “dias normais", as viradas de ano sempre trazem respiros e fomentam vontades de que tudo pode melhorar, inclusive o Brasil e sua vastidão cultural.

Giordano Castro, ator e dramaturgo do grupo Magiluth, integra o rol dos que planejam um novo ano mais “cultural”. “Já vamos começar com ‘Estudo Nº 1: Morte e Vida’, proposta que o grupo tinha para 2020. Vamos estrear em São Paulo, e depois voltamos para temporada no Recife”.

Já a roteirista e cineasta pernambucana Bárbara Cunha, deseja filmar em 2022 seu primeiro longa de ficção “Menina Noiva”. “E finalizar o documentário ‘Deus é Mulher’”, complementa. Outros nomes da cultura pernambucana também têm conjugado o verbo "esperançar" para o próximo ano.

  “Entendo que 2022 será um ano para correr atrás e dar conta dos projetos represados pela pandemia. Já vamos começar com “Estudo Nº 1: Morte e Vida”, uma proposta que o grupo tinha para 2020. Vamos estrear em janeiro, em São Paulo, e depois voltamos para cumprir temporada no Recife.

Temos ainda uma segunda peça inédita, que surge da poesia de Miró da Muribeca, além da circulação nacional e internacional de “Dinamarca”. Pretendemos também retomar as apresentações do espetáculo “Apenas o Fim do Mundo” e voltar a realizar oficinas, agora na nossa nova sede, no Bairro do Recife”. 

“Acredito que com o aumento do percentual de vacinação da população, vamos conseguir retomar mais fortemente nossas atividades no próximo ano. A gente abre 2022 com uma parceria entre o Festival Rec-Beat e a festa Odara Ôdesce, produzindo juntos o show de Marina Sena no Recife.

Ainda não sabemos como será o Carnaval, se teremos ou não uma edição do Rec-Beat nos moldes tradicionais. Contudo, nosso planejamento inclui edições especiais em duas cidades brasileiras ao longo do ano. Faremos também a 12ª edição do Animage”.

“Meu maior desejo para 2022 é filmar meu primeiro longa de ficção, ‘Menina Noiva’, e finalizar o documentário ‘Deus é Mulher’. A 99 Produções filma ‘Atmosfera’, próximo filme de ficção de Paulo Caldas e a série infantil ‘Pequenos Mestres’, que ele e eu co-dirigimos. Para o coletivo, desejo que o próximo governo volte a valorizar a cultura como antes, para seguirmos sendo um setor tão importante financeiramente e afetivamente para a população”. 

"Tivemos um ano difícil em 2021, em função da retração da atividade econômica, que também provocou retração no mercado editorial. Mas a Cepe superou esse desafio, manteve sua produção editorial com lançamentos de títulos e está pronta para, em 2022, voltar ao mercado de maneira mais ampla, cumprindo uma de suas missões institucionais, que é de fomento à leitura e ao livro”.

"Acredito que em 2022 a gente vai encontrar um ponto, um eixo que consiga trazer o público e os artistas de volta para o palco com mais serenidade, porque ainda está meio lento. Desejo para todos os criadores, produtores e fazedores e fazedoras de cultura do Estado e o Brasil um ótimo novo ano. Que a gente se conecte com as melhores energias e fluidez que esse ano possa nos oferecer".
 

Folha Pernambuco Foto Ilustrativa