"PDT É meu primeiro e único partido. Por isso eu não penso em abrir discussão com outro partido", afirma deputado Roberto Carlos

O deputado estadual Roberto Carlos (PDT) ainda não decidiu se vai mudar de partido. Ele ainda espera uma decisão definitiva sobre quem a sigla irá apoiar em 2022 antes de escolher qual caminho seguir. De acordo com o parlamentar, em entrevista ao Bahia Notícias ontem sexta-feira (3) no município de Barra, norte do estado, ainda não há nada decidido e a legenda ainda pode caminhar com Jaques Wagner (PT) nas próximas eleições.

“Temos conversado com o presidente estadual, Félix Mendonça. Nós estamos fazendo avaliação, até porque tenho esperanças ainda que o PDT volte à base do governador Rui Costa. Porque as condições, que eram para o PDT ir pra base aliada do ex-prefeito ACM Neto, era que o DEM abraçaria a eleição de Ciro Gomes. Isso está descartado inclusive pelo próprio ex-prefeito ACM Neto. Com essa posição, tudo pode acontecer”, disse o deputado.

“Não estou afirmando, mas há uma possibilidade. E, se isso acontecer, não tem porque eu discutir a saída ou não do PDT. Evidente que as coisas estão se encaminhando muito para que o PDT possa ficar com ACM Neto, mas isso eu tenho até março para definir”, continuou o parlamentar.

Roberto Carlos relatou inclusive uma conversa que teve com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, durante uma passagem por Salvador. Com a impossibilidade do apoio de ACM Neto a Ciro Gomes nas próximas eleições presidenciais, o partido mira agora uma vaga na chapa majoritária, que pode ser tanto junto ao DEM quanto ao lado dos petistas.

“Foi inclusive a última conversa que eu tive com o presidente nacional Carlos Lupi em Salvador. Ele informa que, mesmo que não seja cumprido o acordo que tinha com o DEM nacional e ACM Neto, poderia ter a expectativa de ter um membro do PDT na chapa majoritária, que pode inclusive se discutir no nosso campo, que é o campo do nosso ex-governador Jaques Wagner”, revelou Roberto Carlos.

O parlamentar ainda afirmou que não deseja sair do PDT, partido ao qual é filiado desde 1990. Por esse motivo, ele quer levar a decisão até a data limite, prevista para março, quando as chapas eleitorais devem ser definidas.

“Convite, eu já recebi de muitos partidos. Mas não abri nenhum tipo de discussão com nenhum partido, porque eu quero continuar no PDT. Tenho 31 anos no PDT. É meu primeiro e único partido. Fui vereador duas vezes em Juazeiro, estou no meu quinto mandato de deputado estadual, todos no PDT. Por isso que eu não penso em abrir discussão com outro partido, enquanto não houver uma decisão nacional de qual é o grupo político que vai apoiar aqui na Bahia”, finalizou.

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