Após clima tenso na Câmara de Vereadores, servidores ligados a Gleidson Azevedo e Gleidson Medrado são demitidos da Prefeitura de Juazeiro

Um dia após a realização da sessão que culminou da dissolução dos blocos parlamentares da Câmara de Vereadores de Juazeiro, quando sete parlamentares ligados à base do governo da prefeita Suzana Ramos (PSDB) apresentaram requerimentos solicitando suas respectivas saídas, o Diário Oficial do Município trouxe nesta quarta-feira (15), algumas exonerações. De acordo com informações obtidas pela Redação RedeGN, os cargos são indicações de dois dos parlamentares que saíram dos blocos.

Na sessão desta terça da Casa Legislativa, do bloco “Unidos por Juazeiro” saíram os vereadores Raimundo Trindade (que era vice-líder), Dionísio Gomes de Araújo e Gleidson Azevedo; do bloco “Compromisso e Trabalho” saiu o vereador Lourival Quirino; enquanto que no bloco “Um Novo Tempo por Juazeiro”, saíram os vereadores Gildásio dos Santos Soares, Francinaldo Leopoldo do Carmo e Gleidson Medrado.

As decisões dos vereadores foram vistas, por alguns, como um possível recado de insatisfação com a gestão atual. Os vereadores Gildásio e Mundeco (Raimundo Trindade) negaram que estejam rompendo com a base do governo da prefeitura Suzana Ramos, mas neste quarta, o episódio ganhou um novo capítulo. Cinco funcionários da gestão atual, que ocupavam cargos indicados pelos vereadores Gleidson Azevedo e Gleidson Medrado, foram demitidos.

Um dos servidores demitidos é Siane da Silva Cavalcante Medrado, ocupante  do cargo em comissão de Diretor II, Simbologia DAS-6, vinculado à Secretaria de Saúde, esposa do vereador Gleidson Medrado. Os demais são: WILDEMBERG   BISPO   MOREIRA   DE   SOUZA, do cargo em comissão de Diretor II; JADILSON JOSÉ  SILVA  DE  OLIVEIRA , do cargo em comissão de Diretor II; ALEXSANDRO DA SILVA SANTOS, do cargo em comissão de Diretor II; e JAIRO ALVES DOS SANTOS, do cargo em comissão de Diretor I. 

Há expectativa de que outros nomes possam ser demitidos. Uma reunião entre a prefeita e os governadores governistas estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, após o clima esquentar na Câmara.

Repercussão

A dissolução dos blocos gerou um grande debate, e a sessão precisou ser temporariamente suspensa pelo presidente da mesa diretora, Berg da Carnaíba (PDT). Ao site AP, o parlamentar disse respeitar a decisão dos vereadores, mas reiterou que acredita ser "questão de momento". 

"Isso é normal na política. Cada vereador tem a sua liberdade de escolha, e seu pensamento é respeitado. Cada um é responsável por sua decisão. Nós estamos aqui para conversar e  debater tudo aquilo que é do interesse do povo respeitando o desejo e sentimento de cada um. Acredito que a decisão tomada pelos vereadores seja questão de momento. Existe o calor da emoção onde pessoas tomam decisões e depois voltem atrás. Isto é normal no ser humano, e já aconteceu com algumas pessoas, e na política isso não é diferente”, comentou à publicação.

De acordo o Regimento Interno da Casa, caso a decisão dos vereadores seja mantida, os blocos só poderão ser formados no ano seguinte. “Os pedidos serão analisados, e caso os vereadores continuem com o mesmo posicionamento, isso com certeza poderá acontecer”, complementou o presidente da Casa Legislativa.

Da Redação RedeGN