Pesquisadores de Juazeiro e Petrolina mantém viva a memória de Raul Seixas

Pesquisadores de Juazeiro e Petrolina mantém viva a memória de Raul Seixas. A biografia de Raul Seixas é permeada por muita genialidade, inovação e inconformismo com um sistema no qual não se encaixava, e sua figura ainda fascina o público, mesmo 32 anos após a sua morte.

Em 21 de agosto de 1989, Dalva Borges, secretária particular, entrou no quarto do músico para abrir a janela, como fazia todos os dias. Reparou que o lençol o cobria até a altura do peito, mas não notou nada de estranho.

Somente após iniciar suas tarefas é que a funcionária estranhou o silêncio: ora, Raul tinha o costume de acordar ao menor ruído! Assim, Dalva retornou ao quarto para checá-lo e percebeu que ele permanecia do mesmo jeito. Pressentia que teria morrido. Dalva ligou para José Roberto Romeira Abrahão, que pediu para que ela colocasse um espelho diante do nariz de Raul, para verificar se ele ainda respirava. Com a resposta negativa, Abrahão localizou Marcelo Nova e convocou o médico Luciano Stancka, que confirmou a morte. 

O alcoolismo e a diabetes, agravados pelo fato de não ter tomado a insulina na noite anterior, foram a causa da pancreatite aguda fulminante que acometeu o cantor.

Trinta e dois anos depois de sua partida, 21 de agosto de 1989, Raul Seixas segue firme nas paradas de sucesso. Para relembrar o artista, o Ecad traz um levantamento das mais tocadas do “Maluco Beleza”. Nascido em 28 de junho de 1945 em Salvador, Raul Seixas foi um artista expressivo e nada convencional. Misturou rock com ritmos nordestinos e tem até hoje uma legião de fãs. No banco de dados do Ecad, o cantor e compositor tem 316 músicas e 361 gravações cadastradas.

Um dos pesquisadores de Raul Seixas mora em Petrolina: Iranildo Moura teve a infância e adolescência vivida na beira do Rio São Francisco e teve a "satisfação de ser fotografado com o Maluco Beleza e de nos anos 70 e 80 curtir um dos mais talentosos cantores da música brasileira"

IraniLdo quando criança viveu em Casa Nova, Bahia. Ali entre os 8 anos e 12 anos conta que vivia olhando os barcos, os vapores que navegavam no rio São Francisco. "Entao comecei a pintar e fazer quadros. Expressar a natureza e a vida através da pintura.. Outra mania é colecionar discos de vinil, cds", conta Iranildo.

Iranildo conta que para homenagear Raul Seixas a Ecad fez um levantamento das músicas mais tocadas e “Tente outra vez”, parceria com Paulo Coelho e Marcelo Motta, ficou à frente no ranking das mais tocadas entre 2015 e 2019. Na sequência ‘Metamorfose ambulante”, “Cowboy Fora da Lei”, “Maluco beleza” e “Gita” completam a lista das cinco primeiras colocadas.

Raul Seixas foi um artista expressivo e nada convencional. Misturou rock com ritmos nordestinos e se mantém até os dias atuais com uma legião de fãs. No banco de dados do Ecad, o cantor e compositor tem 316 músicas e 361 gravações cadastradas. 

Nos últimos cinco anos ele teve a maior parte de seus rendimentos em direitos autorais pela execução pública de suas músicas proveniente dos segmentos de rádios, TVs, shows e música ao vivo, que correspondem a quase de 85% do que foi destinado a ele.

Em Juazeiro Bahia, Jonivaldo Fernandes de Souza, 63 anos,  conhecido por professor Vado, graduado em Geografia e Filosofia, é um pesquisador que mantém a vida e obra, memória e história musical de Raul Seixas vivas.

Atualmente ministrando aulas na Escola Estadual Chico Mendes no Assentamento Vale da Conquista (CETEP), localizado em Sobradinho, Bahia o professor Vado, é um colecionador e aponta que "são 10.076 anos do nascimento do Maluco Beleza".

"Sobre a obra de Raul Seixas desde os  15 anos de idade que acompanho a trajetória musical dele. Só que tem um porém há 35 anos que faço pesquisas e estudo a referida obra, mas no dia 21 de agosto de 1989, dia em que Raul Seixas pegou o seu disco voador e foi para o outro planeta, nós os simpatizantes do Raulzito criamos o Movimento RaulSeixista  de Juazeiro da Bahia", diz Vado, acrescentando que a idade de nascimento do ídolo Raul Seixas, coincide com a data de nascimento da filha dele, a caçula Ivis Lourenço.

Recentemente, os fãs compartilharam o hit O Dia Em Que A Terra Parou, destacando que a letra de 1977 tem tudo a ver com o atual momento de isolamento social provocado pela crise sanitária da pandemia da Covid 19. 

Redação redeGN Fotos arquivo Ney Vital