Polícia Civil investiga denúncia de assédio sexual em sindicato de Petrolina

A Polícia Civil está investigando uma denúncia de assédio sexual, ocorrido no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariadas Rurais de Petrolina (STTAR).

O caso aconteceu no último dia 16. Duas mulheres acusaram que foram assediadas por um homem, de 39 anos. O suspeito é um diretor do sindicato. Segundo a Polícia, “as investigações seguirão até a completa elucidação do ocorrido”.

Após a notícia repercutida neste domingo (20) a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR), Lucilene dos Santos Lima, conhecida como Leninha, nega as informações e enviou a seguinte nota de resposta por meio de sua assessoria jurídica e de imprensa. 

Confira abaixo a íntegra da nota.

Na quarta-feira, dia 16/06, por volta das 14h, Leninha revela que estava em sua sala reunida com outra pessoa e uma funcionária bateu na porta da sala da presidência, localizada no 1º andar da sede do sindicato, e pediu para falar com a presidente que perguntou se era particular, a funcionária disse que sim. Imediatamente, Leninha pediu licença a outra pessoa com quem estava reunida e foi conversar com a funcionária.

A funcionária relatou que, no mesmo dia, pela manhã teria sofrido assédio, não usou em momento algum a expressão “tentativa de estupro” ou termo semelhante! Leninha perguntou então como foi e a funcionária contou que estava no corredor quando foi chamada pelo Diretor para a sala, e quando entrou o mesmo teria se encostado nela.

Enquanto estava com a primeira funcionária, Leninha afirma que entrou uma segunda, revelando que houvera sido assediada pelo mesmo Diretor há cerca de 15 dias.

Consciente da gravidade das acusações das duas funcionárias, abalada com os fatos, Leninha convocou dois funcionários, Carlos Holanda e Cleiton Medeiros, para que os mesmos tomassem NOTA dos fatos narrados, para as providências cabíveis. Mantidos os relatos, a Presidente sugeriu às mesmas que procurassem a Delegacia Especializada para as providências cabíveis, colocando toda a estrutura do Sindicato para acompanhá-las.

As mesmas disseram que não iam prestar queixa no momento. Uma disse que primeiro iria falar com o marido, e a outra ficou de dar uma resposta depois. Na saída, na presença do Segurança, Sr. Evaldo, a Presidente do Sindicato insistiu que mesmo tomando as providências estatutárias, seria aconselhável que elas prestassem queixas, recebendo como resposta que se resolvesse prestar queixa o faria no dia seguinte, dia 17/06, quinta-feira, inclusive a orientação de prestar queixa foi reforçada pelo segurança da entidade, Sr. Evaldo.

Ainda na noite da quarta-feira, 16/06, Leninha afirma que trocou mensagens com uma delas, perguntando o que tinham decidido.

Na quinta-feira, 17/06, ao chegar ao Sindicato, Leninha solicitou à recepção que assim que o Diretor acusado chegasse, dissesse ao mesmo que precisava falar com ele. Ao chegar, o Diretor foi à sala da Presidência, após ouvir os relatos, na presença do funcionário , negou veementemente as acusações, mas confirmou que uma das funcionárias esteve na sua sala, mas nada aconteceu conforme narrado, muito menos conforme relatado pela outra funcionária.

Leninha sugeriu ao mesmo que fosse para sua casa, que iria abrir um procedimento formal para apurar os fatos, para tanto já havia solicitado que os funcionários Carlos Holanda e Cleiton Medeiros buscassem informações junto aos demais funcionários da Casa, junto ao circuito interno, e voltassem a ouvir as funcionárias e o Diretor, e que esses apresentassem a Diretoria Executiva relatório dos fatos apurados para as providências estatutárias cabíveis.

Registre-se que na sexta-feira, dia 18/06, ambas as funcionárias não compareceram ao Sindicato.

Neste domingo, 20/06/2021, através de um Blog da cidade, a Presidente Leninha foi surpreendida por uma narrativa, atribuída a uma das funcionárias que a mesma não tomou, que agiu com deboche o que fez com que as mesmas procurassem duas diretoras para apoiá-las na feitura de um Boletim de Ocorrência.

Lamentamos profundamente que dramas pessoais sejam usados sem quaisquer escrúpulos por “dirigentes” notoriamente empenhadas em desgastar nossa gestão, antecipando campanha, trazendo notório prejuízo ao conceito da entidade.

Ademais, afirma Leninha:

“Os trabalhadores e as trabalhadoras assalariadas rurais conhecem nossa história. Fomos Diretora das Mulheres na gestão passada, e tanto naquela época, quanto agora na Presidência da entidade, sempre defendemos a ampliação das conquistas e direitos das mulheres em especial, assistindo a todas que nos procuram, sem compactuar com atos ofensivos, desrespeitosos, seja por assédio, e mais ainda pela sempre repugnante tentativa de estupro! Vamos apurar as responsabilidades! Vamos procurar as autoridades constituídas e não nos intimidaremos diante de eventuais manipulações dos fatos, a serviço de pessoas, inescrupulosas, que tentam tirar proveito eleitoral das mazelas humanas.”

A dirigente conclui: “Temos certeza que a maioria da Diretoria Executiva não se afastará de suas responsabilidades e tomará as providências cabíveis”.

Petrolina, em 20 de junho de 2021,

Assessoria de Imprensa do STTAR

G1 e Ascom STTAR