“O ritmo lento em que se encontra a vacinação contribui para prolongar a duração da pandemia", aponta pesquisa

O boletim do Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado essa semana, apontou que a pandemia do novo coronavírus passou a afetar faixas etárias mais jovens.

Pesquisadores observaram aumento de casos de COVID-19 em três grupos etários: 30 a 39 anos (565,08%); 40 a 49 anos (626%); e 50 a 59 anos (525,93%). Consequentemente, a concentração nas idades mais avançadas foi reduzida, segundo a pesquisa. 

Com o novo cenário, especialistas defendem a adoção de medidas interconectadas. As ações urgentes envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de bloqueio ou lockdown, acompanhadas de ampliação da oferta de leitos. 

Os especialistas também defendem medidas de mitigação para tentar conter a velocidade da propagação do vírus. As ações devem ser combinadas em diferentes momentos até que se tenha 70% da população vacinada, de acordo com o estudo.

“O ritmo lento em que se encontra a vacinação contribui para prolongar a duração da pandemia e da adoção intermitente de medidas de contenção e mitigação”, ressaltam os pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo Boletim.

Os dados apresentados no boletim da Fiocruz são do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), observados nos primeiros meses de 2021.

Jornal Estado de Minas