Funcionários do sanatório de Juazeiro relatam salário atrasado há 3 meses; servidor diz que foi demitido após cobrar valor

Funcionários da clínica Nossa Senhora de Fátima, conhecida como sanatório de Juazeiro, no norte da Bahia, denunciam que estão há três meses sem receber salário.  Um dos servidores relatou que foi demitido após cobrar os direitos junto á direção da unidade.

"Estamos fechando o quarto mês sem salário. O último pagamento foi em junho, e mesmo assim não foi pago o salário todo, nem os atrasados, só foi pago aquele mês. Eu fui reivindicar meus direitos, e fui mandado embora. Assim como outros companheiros, em junho, que fizeram uma parada, foram para a Secretaria de Saúde", disse o servidor, que não quis se identificar.

Ainda segundo ele, foram para mais de sete funcionários mandados embora, por cobrar os salários atrasados. O funcionário ainda conta que a direção falou apara eles que o dinheiro está bloqueado por uma questão judicial.

"Só que a gente que está lá dentro todo dia, a gente vê que esse dinheiro não está bloqueado. Tem obras sendo feitas, coisas sendo compradas, pedreiros sendo pagos semanalmente, e o dinheiro a gente sabe que não está bloqueado", disse.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Juazeiro disse que os repasses para a clínica estão em dia, e que são feitos sempre até o dia 20 de cada mês, a depender das notas fiscais que são emitidas pela instituição.

A direção do sanatório disse que trabalha com valores defasados da tabela do SUS e que, além disso, existe um bloqueio de verbas por questões trabalhistas, dependendo de uma decisão judicial para que esse bloqueio seja desfeito. Ainda de acordo com a instituição, existe uma perspectiva de que, na próxima semana, sai a decisão judicial fazer o desbloqueio das verbas e que, com isso, os funcionários serão pagos.

O sanatório de Juazeiro possui 75 leitos contratados pelo SUS, para atender pacientes de Juazeiro e outras 52 cidades da Rede Integrada de Saúde Pernambuco-Bahia (Rede Peba).

De outubro a dezembro de 2019, os serviços na unidade foram interrompidos por causa de dificuldades financeiras, e retomados em janeiro deste ano.

G1 Bahia