Jacobina: Um Mercado que está ficando literalmente Velho

Um dos mais antigos patrimônios públicos de Jacobina, o Mercado Municipal, mais conhecido como 'Mercado Velho', outrora imponente e considerado o principal aglomerado comercial da cidade por sediar até o início da década de 1980 a maior feira livre da região, não tem recebido a atenção merecida.

Localizado na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade, o Mercado Velho oferece diversos serviços, como açougues, restaurantes, bares, salões de beleza, panificadora, quitanda, lojas de variedades, brechós, além da venda de verduras, frutas e temperos. Em uma de suas laterais e na parte de trás passou a funcionar uma espécie de 'praça de alimentação', onde é possível encontrar uma variedade de guloseimas, como acarajés, sanduíches, beijus e outros tipos de quitutes.

Os responsáveis pela manutenção, reformas de boxe, pinturas internas dos mesmos, entre outros, são os permissionários, esses pagam uma taxa mensal para a Prefeitura. Por falta de vigilância, a segurança do local fica vulnerável. Pequenos roubos e outros delitos, principalmente na parte da noite, vêm sendo registrados. Com apenas um servidor disponível, serviços de limpeza, principalmente dos banheiros, também ficam comprometidos, sendo motivo de diversas reclamações, inclusive dos usuários que cobram uma melhor higienização.

Sem um padrão estabelecido, cada box tem uma estrutura interna diferente, de acordo ao tipo de comércio. O que era para ser um dos principais cartões postais do município, o antigo Mercado Municipal está literalmente 'Velho', padecendo com a falta de atenção pública desde a sua construção.

Com uma localização privilegiada e uma arquitetura diferenciada, diversas são as sugestões para a revitalização do Mercado Velho: a de transformar o local em um centro de tradições nordestinas, priorizando a cultura regional; o de transformar em uma espécie de 'shopping popular', entre outros.
O certo é que uma reforma precisa urgente ser realizada, dando aos permissionários e visitantes uma condição à altura do que aquela edificação significa para a história de Jacobina e dos seus moradores.

Por Gervásio Lima-Jornalista

Gervasio Lima Jornalista