Apesar de isolamento social rígido em Araripina, agricultores/as familiares comercializam alimentos agroecológicos ao PNAE do município

No final de maio, a Associação dos Feirantes Agroecológicos de Araripina (Afaga) foi uma das vencedoras da chamada pública do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da cidade de Araripina, Sertão do Araripe pernambucano, e na última segunda-feira (10), 22 agricultores/as que compõem a associação puderam entregar uma diversidade de produtos da agricultura familiar.

O grupo conta com a assessoria técnica do Centro de Habilitação e Apoio ao Pequeno Agricultor do Araripe (Chapada) e os/as produtores/as têm certificação participativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os participantes da chamada pública moram nos sítios Samambaia, Baixio dos Batistas, Catolé do Leite, Conceição, Lagoinha, Alho, Bonito 1, Barra do Riacho, Lagoa do Perigo e Serra da Torre e, na oportunidade, entregaram 2.926 quilos de alimentos agroecológicos, tais como frutas, hortaliças, farinha de mandioca e carne caprina e ovina.

O grupo afirma que neste período de pandemia de Covid-19, foram adotadas todas as recomendações dos órgãos de saúde e das autoridades sanitárias na produção de alimentos, organização das cestas básicas e entrega a equipe responsável pela distribuição às famílias dos estudantes da rede pública municipal. A expectativa é que o fornecimento dos produtos da agricultura familiar agroecológica ao PNAE de Araripina ocorra quinzenalmente e a previsão é que até o final de novembro sejam entregues quase 46 toneladas de alimentos.

Pandemia

Entre os dias 07 e 16 de agosto, o município de Araripina enfrenta um período de isolamento social mais rígido, com restrição do funcionamento do comércio, que está aberto apenas para prestar serviços essenciais. A decisão foi tomada por meio de um decreto do Governo de Pernambuco, após um aumento do número de casos do novo coronavírus na região. Além de Araripina, o município de Ouricuri também cumpre as medidas do decreto, uma vez que juntas, as duas cidades concentraram 70% de todos os casos da regional.

Por Mariana Landim – assessora de comunicação da ONG Chapada Foto: Pedro Batista