Paulo Bonfim e Miguel Coelho avaliam que a hora é de cuidar da saúde da população. "Eleições devem ser discutidas no momento certo"

Evitar o gasto com eleições neste ano em razão da pandemia de covid-19 e ainda unificar as eleições federais, estaduais e municipais.

Essa é a proposta do senador Major Olímpio (PSL-SP), que informou o envio de um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o adiamento das eleições municipais de 2020. 

O senador busca apoio  para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para determinar a coincidência das eleições.  "Faltam menos de 200 dias para as eleições municipais e, com essa crise de saúde pública, que nós esperamos que serene o mais rápido possível, a administração pública tem que se planejar. Não acredito que nós tenhamos tempo para campanhas eleitorais".

Em contato com a redação da redeGn, o prefeito de Juazeiro Paulo Bonfim enfatizou que o momento não é para falar em eleições. "A prioridade nesse momento é proteger a população, através de medidas preventivas de saúde pública para reduzir ao máximo a proliferação do Coronavírus. Essa pauta sobre eleição será debatida pelo Congresso no momento oportuno"

Sobre o risco da não realização da eleições, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho, seguiu o mesmo pensamento e declarou que o momento não é para falar em eleições. “É muito cedo estar tratando de qualquer outro assunto que não seja a pandemia de Covid-19. O Brasil não tem mais dinheiro para nada que não seja o objetivo de combater o Coronavírus”.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) defende uma disputa única no país a cada cinco anos, sem reeleição. Atualmente, prefeitos, governadores e o presidente da República podem ser eleitos para dois mandatos consecutivos, cada um deles de quatro anos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a hora é de se concentrar apenas no combate à pandemia. "Na hora correta, vamos cuidar da eleição." Rodrigo Maia ainda avalia que adiar as eleições municipais previstas para outubro deste ano não é uma questão simples ante a crise provocada pelo novo coronavírus. Segundo ele, haveria um “risco institucional muito grande” em adiar o pleito.

“Quem assumiria nas prefeituras seriam juízes, não os prefeitos”, afirmou. Maia destacou que a população “vota por quatro anos e não por seis anos”. “Isso precisa ser respeitado, no meu ponto de vista”, disse.

Para o presidente da Câmara, o importante é focar nas medidas atuais de combate ao novo coronavírus e planejar o período pós-crise. “Vamos cuidar dos dois (próximos) meses, vamos garantir previsibilidade, vamos montar um planejamento para depois desse momento mais agudo para que a gente consiga colocar dinheiro para o setor produtivo voltar a produzir”, defendeu.

Redação redeGN Foto: Arquivo