MPT processa Havan em R$ 100 milhões por coagir trabalhadores a votar em Bolsonaro
O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT- SC) ajuizou uma ação civil pública contra a Havan por interferir no livre exercício de voto de seus trabalhadores nas eleições de 2018. O MPT, através de um inquérito, constatou que a empresa realizava pesquisa eleitoral com identificação dos empregados e praticava assédio moral. A ação pede que a Justiça do Trabalho condene a empresa a pagar danos morais coletivos de R$ 25 milhões e danos morais individuais de R$ 5 mil para cada um dos 15 mil trabalhadores – o que totaliza R$ 75 milhões. O valor total da ação é de R$ 100 milhões. A ação foi ajuizada na última segunda-feira (19).
Os procuradores do Trabalho ressaltaram que o empresário Luciano Hang declarava que fecharia milhares de postos de trabalho caso Jair Bolsonaro não fosse eleito. A empresa também realizava eventos com campanha política favorável ao candidato do PSL. A ação destaca que a conduta da empresa compromete a democracia e a liberdade de escolha política dos trabalhadores. No dia 2 de outubro, o MPT pediu que a empresa e o empresário fossem proibidos de praticar assédio moral, discriminação, violação da intimidade ou abuso de poder diretivo ou tentassem influenciar o voto de seus empregados. Uma liminar de 3 de outubro, da Justiça do Trabalho, determinou que a empresa não realizasse propaganda política entre os funcionários e não os intimidassem a votar no candidato do empresário...