Março é conhecido por ser o mês internacional da mulher, data celebrada oficialmente hoje (08) e, não por coincidência, esse também é o mês da campanha "Março Lilás", em referência ao câncer de colo de útero e HPV. O câncer uterino é o segundo tipo mais frequente entre as mulheres de todo o mundo. No Maranhão e na região norte do país, por exemplo, esse é o câncer que mais mata mulheres, ficando à frente inclusive do câncer de mama.
Esse é o tipo de câncer de mais fácil prevenção e tratamento, se diagnosticado a tempo. As chances de cura giram em torno de 80%. "Resolvemos fazer a homenagem à mulher esse ano falando sobre essa doença que pode ser evitada através do exame preventivo, chamado de Papanicolaou, e da vacina contra o HPV, que previne contra o tipo oncogênico do vírus. Enquanto serviço de saúde nós temos o dever de manter a população bem informada, evitando assim que muitas mulheres morram pela simples falta de conhecimento sobre o assunto", ressalta a supervisora do serviço social do Hospital Dom Malan/IMIP, Kátia Silene.
Desse modo, algumas informações básicas sobre o câncer de colo uterino tornam-se essenciais: A maior incidência da doença acontece na faixa etária entre 45 e 49 anos de idade e estima-se que o rastreamento sistemático e o tratamento de lesões precursoras possam reduzir bastante a mortalidade pela doença. Medidas de prevenção primária, diagnóstico precoce e o tratamento adequado das lesões invasivas também fazem a diferença
As medidas de prevenção são simples. Toda mulher com vida sexual ativa, ou a partir dos 25 anos, deve fazer o exame preventivo, também chamado de Papanicolaou, todos os anos. É através desse exame que inflamações e alterações iniciais podem ser descobertas e tratadas logo, antes de evoluírem para uma doença agressiva e que pode levar a morte.
Além do exame preventivo anual, hoje já se pode prevenir a infecção pelos principais tipos de HPV associados ao câncer de colo uterino através da vacina contra o HPV. Essa vacina está disponível nos Postos de Saúde gratuitamente para meninas de 9 a 13 anos e devem ser tomadas as 3 doses para uma maior eficácia.
Apesar de ser mais eficaz quando administrada em meninas antes do início da vida sexual, mulheres mais velhas também podem se beneficiar do uso da vacina. Além disso, mesmo as mulheres que foram vacinadas devem continuar realizando o exame preventivo quando atingirem a idade recomendada.
Anna Monteiro -Ascom-Hospital Dom Malan/IMIP -
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