De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que quase 400 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de algum dos tipos de vírus da hepatite. Apenas uma em cada 20 pessoas sabe que tem a doença e só uma a cada 100 inicia o tratamento. Para chamar a atenção da sociedade sobre esses dados alarmantes, a data de 28 de julho foi instituída (durante a Assembleia Mundial da Saúde realizada em 2010) como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.
Cientes do seu papel na assistência e promoção da saúde, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada e o Hospital Dom Malan, ambos geridos pelo IMIP em Petrolina, reforçam a campanha contra a doença, que pode ser diagnosticada por meio dos testes rápidos. Antes de tudo, é importante destacar que as hepatites virais podem ser prevenidas através do uso de preservativo nas relações sexuais e da utilização de materiais perfurocortantes descartáveis utilizados em manicures e estúdios de tatuagem, por exemplo. Também existe a vacina contra a hepatite tipo B, que é recomendada para jovens de até 29 anos, populações vulneráveis e trabalhadores da saúde.
Com relação aos tipos de hepatite, a B é mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, a hepatite C acomete mais pessoas entre 30 e 59 anos, sendo que a maioria desses infectados desconhece a sua condição sorológica, descobrindo apenas quando as manifestações já são graves (com cirrose ou câncer de fígado). O tipo A é predominante em países com baixo nível socioeconômico e condições sanitárias ruins, sendo transmitido através de alimentos contaminados ou maus hábitos de higiene.
Além destes, existem os tipos D e E. A hepatite D somente se manifesta em conjunto com a B; enquanto a transmissão do vírus da E se dá pela ingestão de água contaminada com coliformes fecais e alimentos contaminados. Nesse cenário, realizar o diagnóstico precoce é um dos principais determinantes para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. As hepatites virais, geralmente, não apresentam sintomas ou se manifestam através de sintomas comuns a outras viroses, como falta de apetite, fraqueza física e febre. No entanto, uma característica bastante comum é a pele amarelada.
O tratamento da doença varia de acordo com o tipo do vírus: a hepatite A exige apenas repouso, além de cuidados para evitar a transmissão. Já os tipos B e C podem demandar o uso de antivirais. O indicado é sempre procurar o serviço de saúde diante de qualquer suspeita.
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