O presidente do Senado, Renan Calheiros, rejeitou o cancelamento da votação da Câmara dos Deputados que definiu a continuidade do processo deimpeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A anulação das sessões dos dias 15,16 e 17 de abril foi deteminada hoje pelo deputado Waldir Maranhão, presidente interino da Casa. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo", afirmou Calheiros na decisão.
Os argumentos para a anulação
O deputado do PP baseou sua decisão em quatro argumentos. A principal justificativa é de que os partidos não poderiam orientar o voto de suas bancadas já que, na visão dele, os deputados "deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente".
Além disso, segundo ele, os parlamentares também não poderiam ter anunciado publicamente os seus votos antes da votação. Maranhão alega ainda que a defesa de Dilma deveria ter sido a última a se pronunciar antes da declaração de voto de cada parlamentar.
Por fim, o presidente interino se atém a um detalhe técnico. Segundo ele, o resultado da votação deveria ter sido encaminhado ao Senado por meio de resolução e não por ofício – como ocorreu.
Revista Exame
3 comentários
09 de May / 2016 às 18h21
Pediria encarecidamente a você, grande jornalista Geraldo José e amigo do professor Otoniel Gondim, que pedisse ao Gondim que mandase um conto para lermos no blog. Um conto do seu próximo livro. Otoniel, mande. A política é suja!
09 de May / 2016 às 20h31
nao era nem pra ir para senado ? eduardo cunha nao deveria esta comando isso na camara? mais a elite ta doida para o poder. junto com revista veja e tv globo.
09 de May / 2016 às 21h41
Segunda, 09 de Maio de 2016 - 14:20 Flávio Dino confirma conversa com Maranhão sobre recurso da AGU Foto: Blog do Planalto Apontado como fator de influência na decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão que votou o impeachment, o governador do Maranhão, Flávio Dino, confirmou ter conversado com o parlamentar sobre o processo. Segundo informações do Globo News, Dino confirmou ter ido à Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) onde estava Maranhão. Segundo o governador, o substituto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu um conselho sobre o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que pedia a anulação, que foi acatada parcialmente pelo deputado. Outro encontro teria ocorrido em jantar na casa do líder do PTdoB na Casa, Sílvio Costa (PE), com a presença do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Também especula-se que Cardozo teria interferido na decisão de Maranhão. Em seu perfil no Twitter, Dino falou sobre a repercussão da decisão do aliado. "Defensores do "impeachment" não querem aceitar que o presidente da Câmara dos Deputados tome decisões. Só vale quando é para um dos lados?", questionou. O presidente interino concede entrevista coletiva sobre o assunto às 16h.