BARÃO!!!
Pobre é quem não tem um sorriso
Um amor, uma paixão
Pobre é quem não tem poesia.
Não tem Juazeiro
Uma canção
Por isso vive sempre "damão".
Se nome era João e Zé Maurício dizia: conversa de "Barão" derruba até avião...
Barão não era rico nem pobre, nos anos 60/70, sua família morava numa casa pequena bem no centro de Juazeiro e ele namorava com as meninas mais ricas de Petrolina, era um cara muito bonito, sempre sorridente e "falava fácil", eu era mais novo e fã dele, ele dizia: Maurício, se eu tivesse esses "olhos verdes" bicho, eu era o cara, ia comer todas elas.."até a mulher do bispo".
Barão foi logo embora de Juazeiro e nunca mais voltou pra morar - burrice que eu fiz - ele vinha de vez em quando. Virou um cara brilhante, editava revistas e listas informativas, tinha um hotel em Salvador, depois da longa estrada pelo Rio de Janeiro e São Paulo.
"Wanderley Cardoso" WC, parecia com ele e mais tarde fui descobrir que o "Wandeco" usava lentes verdes nos olhos.
Namorei com uma menina rica, bonita e muito gostosa de Juazeiro, ela era o sonho de "Barão" e ele soube longe e tratou logo de me parabenizar... "porra Maurício, você conseguiu...!!! Vou também tocar violão. rsrsrsrs, " e como dizia João Gilberto: mulheres, champagne, lá vou eu...
Reencontrei "Barão" em São Paulo, depois Salvador,( ficou feliz com os meus filhos) ele estava casado com uma nossa amiga, Mara Muccini...acho que Luiz "cebola" foi o padrinho deste "casório" abençoado por Nelson Palitot.
"Barão", Zé Maurício, Nelson Palitot, Januário Palma, Luiz Duarte, "Bola sete" ... geração de Juazeiro "easy rider".
Adeus meu amigo "Barão", tô numa tristeza da "zorra".
Dê um abraço apertado aí em Euvaldão, Zé Maurício, Scaffa, Eber "Nigel Mansell" " Bola sete", Neguinho, Guerrinha, Bodito, Emar, Nelson Palitot, Luiz "Cebola", Marcio Saldanha, "Defleur" "Pepedo", Galego Walter... um beijo bem perto do coração de Maryléa Khoury (uma das nossas musas levadas)
Maurício Dias Cordeiro (Mauriçola)
Compositor
8 comentários
07 de Apr / 2016 às 23h45
Teria sido melhor reescrever diretamente pra ele a usar um linguajar tão fútil, não é digno do artista que você é.
08 de Apr / 2016 às 07h14
Eu como professor de LP só tenho que elogiar o texto. Diferente de Carlos Henrique. Para mim, o texto deixa claro a relação de intimidade e relata lembranças de um tempo que marcou a vida do poeta. Linguagem informal perfeitamente utilizada. O português erudito, nesse caso, é que seria impróprio. Pelo jeito Carlos Henrique precisa ler um pouco mais os grandes escritores... ele vai perceber que existem diversas formas de linguagens e inclusive os grandes já escreveram assim, tão bem quanto Maurício. Parabéns Maurício, o texto serve para refletirmos em relação ao tempo, ele passa, alguns vão para longe, e a vida segue com com belas lembranças!
08 de Apr / 2016 às 07h18
Eu como professor de LP só tenho que elogiar o texto. Diferente de Carlos Henrique. Para mim, o texto deixa claro a relação de intimidade e relata lembranças de um tempo que marcou a vida do poeta. Linguagem informal perfeitamente utilizada. O português erudito, nesse caso, é que seria impróprio. Pelo jeito Carlos Henrique precisa ler um pouco mais os grandes escritores... ele vai perceber que existem diversas formas de linguagens e inclusive os grandes já escreveram assim, tão bem quanto Maurício. Parabéns Maurício, o texto serve para refletirmos em relação ao tempo, ele passa, alguns vão para longe, e a vida segue com com belas lembranças!
08 de Apr / 2016 às 08h26
Todos somos fúteis, tao fúteis que nos importamos com coisas que nao nos interessa. Eu gostei da "futilidade" do texto.
08 de Apr / 2016 às 08h33
Maurício, meu caro, que texto incrível, totalmente a cara de Barão. Ele sempre lia notícias sobre Juazeiro e telefonava todo orgulhoso de algum avanço na nossa Terra: "Ruy, vai inaugurar um shopping em Juazeiro, Vc viu? "saiu um índice na folha de SP sobre Juazeiro." " Ruy, vc sabia que Juazeiro tem um dos maiores polos industriais da Bahia?" Ele tinha muito amor por Juazeiro, falava o tempo todo :" logo que Bruna se formar, vou voltar pra Juazeiro." Ele estava cheio de planos, mas, partiu antes. Foi um irmão brilhante, na minha adolescência eu era de uma timidez sem precedentes e aprendi muito com ele no quesito paquera. O "título" de Barão foi "outorgado" pelo amigo Zelito quando João brincando na praça quebrou a perna, o que o deixou por um tempo em casa de repouso com toda a mordomia de nossa mãe e, Zelito ao ver a cena disse"_Vc está parecendo um barão!". Os amigos que estavam por perto passaram a chamá-lo de Barão e pegou, tanto que poucos sabem seu nome de batismo. João morou em Juazeiro até 1968 quando se alistou no Exército e serviu em Salvador, conheceu a boemia soteropolitana e lá ficou, em 1971 com 21 anos, para desespero de nossa mãe, resolveu morar em São Paulo e sempre que aparecia em Juazeiro era motivo de festa, eu nem tinha vontade de ir pra o colégio só pra ouvir as histórias. Em 1977 voltou para Salvador e conheceu Mara, casaram-se em 1980 tiveram dois filhos: João Paulo e Bruna. Foi bem sucedido na empresa que ambos montaram, não sei o que o destino fez para se separarem e o resto da história é biografia. Lhe agradeço profundamente em nome de nossa família pelo carinho, meu caro Maurício, João lhe admirava muito. Abraços a todos amigos de Barão.
08 de Apr / 2016 às 09h27
Maurício, meu caro, que texto incrível, totalmente a cara de Barão. Ele sempre lia notícias sobre Juazeiro e telefonava todo orgulhoso de algum avanço na nossa Terra: "Ruy, vai inaugurar um shopping em Juazeiro, Vc viu? "saiu um índice na folha de SP sobre Juazeiro." " Ruy, vc sabia que Juazeiro tem um dos maiores polos industriais da Bahia?" Ele tinha muito amor por Juazeiro, falava o tempo todo :" logo que Bruna se formar, vou voltar pra Juazeiro." Ele estava cheio de planos, mas, partiu antes. Foi um irmão brilhante, na minha adolescência eu era de uma timidez sem precedentes e aprendi muito com ele no quesito paquera. O "título" de Barão foi "outorgado" pelo amigo Zelito quando João brincando na praça quebrou a perna, o que o deixou por um tempo em casa de repouso com toda a mordomia de nossa mãe e, Zelito ao ver a cena disse"_Vc está parecendo um barão!". Os amigos que estavam por perto passaram a chamá-lo de Barão e pegou, tanto que poucos sabem seu nome de batismo. João morou em Juazeiro até 1968 quando se alistou no Exército e serviu em Salvador, conheceu a boemia soteropolitana e lá ficou, em 1971 com 21 anos, para desespero de nossa mãe, resolveu morar em São Paulo e sempre que aparecia em Juazeiro era motivo de festa, eu nem tinha vontade de ir pra o colégio só pra ouvir as histórias. Em 1977 voltou para Salvador e conheceu Mara, casaram-se em 1980 tiveram dois filhos: João Paulo e Bruna. Foi bem sucedido na empresa que ambos montaram, não sei o que o destino fez para se separarem e o resto da história é biografia. Lhe agradeço profundamente em nome de nossa família pelo carinho, meu caro Maurício, João lhe admirava muito. Abraços a todos amigos de Barão.
08 de Apr / 2016 às 15h00
Parabéns pçelo texto.
10 de Apr / 2016 às 20h03
Obrigada Mauricio, pelo texto, escrito com a sensibilidade de quem conhece de perto uma pessoa.Você fez com palavras, o retrato do "sorriso único" de Barão. Há pouco tempo, e depois de muito tempo sem vê-lo, reencontrei meu querido amigo na padaria aqui perto de casa e o reconheci pelo sorriso.Descobri que morávamos a menos de 100 metros de distancia. Há oito dias atrás, da janela do meu apartamento o vi passar do outro lado da rua e ontem soube de sua partida.Estou muito triste , mas agradecida por ter tido a oportunidade de abraça-lo depois de tanto tempo e antes de sua partida definitiva. Descanse em paz meu amigo!