Após o recesso parlamentar, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) ocupou a tribuna da Câmara, como faz diariamente, para destacar a situação dos Projetos dos Perímetros de Irrigação do submédio do São Francisco: o Brígida e o Fulgêncio.
"Com muita preocupação ocupo esta tribuna da Casa do Povo brasileiro, na antevéspera da abertura do nosso carnaval, para chamar a atenção do governo da presidente Dilma Rousseff que, possivelmente não esteja sabendo que, por falta de recursos financeiros, o Ministério da Integração Nacional deixou paralisar, dois, dos mais importantes Projetos dos Perímetros de Irrigação do submédio São Francisco, o Brígida, em Orocó, com 10 agrovilas e o Fulgêncio, em Santa Maria da Boa Vista, com 47 agrovilas", alertou.
Os Perímetros de Irrigação Brígida e Fulgêncio, integrantes do sistema Itaparica, localizados, respectivamente, nos municípios de Orocó e Santa Maria da Boa Vista, no Estado de Pernambuco, foram criados para instalar, 428, famílias e empregar 2.000 trabalhadores, noBrígida, e 1.552 famílias e empregar 10.000 trabalhadores, no Fulgêncio. Essas famílias instaladas foram deslocadas dos seus habitar de origem, logo após a construção da Barragem Luiz Gonzaga, mais conhecida como, Itaparica, que inundou áreas de terras dos municípios de Belém do São Francisco, Floresta, Petrolândia e Jatobá, no Estado de Pernambuco e dos municípios de Glória e Rodelas, no Estado da Bahia.
As riquezas produzidas por esses Projetos de Irrigação, propulsionam diretamente o comércio das cidades de Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Urimamã, Terra Nova, Petrolina, Salgueiro, Cabrobó, Belém do São Francisco, Floresta, dentre outras, no Estado de Pernambuco e, Juazeiro, Curaçá, Paulo Afonso e outras, no Estado da Bahia.
Patriota lembrou que em 2015 os colonos sofreram com o descaso do governo e que várias famílias ficaram sem energia e sem água e, consequentemente, os mais de 7.000 hectares também foram afetados.
"Senhoras e senhores deputadas e deputados, lamento registrar nos anais desta Casa que, no ano passado, o governo federal da presidente Dilma Rousseff, através do Ministério da Integração Nacional e, sua subsidiada, a CODEVASF, por falta de recursos, tiveram a energia desses Projetos de Irrigação suspensa por várias vezes, deixando, não apenas essas mais de 20.000 pessoas sem energia e sem água, na insegurança, mas, também, os mais de 7.000 hectares de terras plantadas com frutas de todas as espécies, sem água, prejudicando as suas produções", ressaltou.
O socialista concluiu seu discurso solicitando a presidente que resolva o problema o mais rápido possível
"Concluo, senhor presidente, caríssimas e caríssimos colegas deputadas e deputados, pedindo que seja registrada, nos anais da Câmara dos Deputados, minha preocupação com tão grave problema e, por oportuno, afirmo que esses produtores dedicaram suas vidas, anos afio, trabalhando com amor e enfrentando todos os tipos de tensões sociais, no desenvolvimento de culturas permanentes, como banana, mandioca, goiaba, manga, uva e outras, como meio de sobrevivência e sustento, seus e de suas famílias. A falta de pagamento desse contrato implica em escassez de recursos necessários a perfeita execução dos serviços e, coloca em risco todo processo produtivo da região. Consequentemente, todo o tempo dedicado na implantação de culturas e os valores investidos pelo governo e pelos produtores, estarão ameaçados e sujeitos a danos irreparáveis. Não dá mais para esperar, senhora presidente Dilma Rousseff, resolva isto urgentemente", finalizou.
Asscom
1 comentário
06 de Feb / 2016 às 05h00
Esta na hora de acabar com esses subsídios a agricultura irrigada. Faltou energia? O governo não pode fornecer de graça energia? Paguem do próprio bolso. Veja aqui em Juazeiro, 97% do projeto tourão é ocupado pela Agrovale, essa, além de ocupar praticamente toda área de um projeto com ação social, o governo ainda vai fornecer água a que preço? Vocês estão malacostumados a utilizarem a política para ocupar áreas sociais. Tem que aprender a andar com as próprias pernas.