A seca prolongada já foi motivo de apagões no Brasil. Agora existe um novo alerta, mas o motivo é o oposto: o excesso de produção de energia solar e eólica no país. O alerta foi dado pelo Operador do Nacional Elétrico, que associa a possibilidade de apagão nos próximos cinco anos ao crescimento de painéis solares em casas e comércios.
Os estados que podem ser afetados são Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.
O ONS, responsável pela coordenação e controle da transmissão de energia no Brasil, informou que as subestações estão sendo mapeadas e que tem adotado medidas de prevenção para evitar fenômenos elétricos que possam comprometer a segurança do sistema.
"Tem um momento do dia em que você tem uma geração que ela é produzida no Nordeste e vem para o sudeste. E depois outra parte do dia é o Sudeste que manda para o nordeste. É o fluxo reverso. Só que nem sempre você consegue atender plenamente as cargas e isso pode dar uma sobrecarga no sistema que afeta a proteção dele", disse o especialista em energia elétrica Raimundo Batista Neto ao Jornal da Band.
Em 2023, o país sofreu um apagão de seis horas em 25 estados, justamente em razão de problemas com a intermitência da energia solar e eólica.
"Planejar as medidas mitigatórias, o que tem que ser feito, para que a gente possa absorver essa energia, que é importante não só para o Brasil, como o mundo… temos soluções, mas vamos precisar de você ter gerência na parte da geração, gerencia na parte de carga, mercado, novas tecnologias entrando, novas usinas entrando, que vão comportar toda essa geração que pode vir aí", completou o especialista.
Em nota, a ONS negou o risco de apagões pelo Brasil.
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) esclarece que o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) não aponta risco iminente de apagão no Brasil. O documento, produzido anualmente, apresenta avaliações do desempenho elétrico do Sistema Interligado Nacional (SIN) num horizonte de cinco anos à frente, de modo que a operação futura ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo. O mais recente foi publicado nos canais oficiais do Operador, em dezembro de 2024, e divulgado à imprensa em todo o país”.
Rádio Bandeirantes Foto agencia brasil
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