A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (6), a perícia que dá início a investigação sobre o desabamento do teto da Igreja e Convento de São Francisco Assis, que atingiu seis pessoas, no Centro Histórico de Salvador, nesta quarta-feira (5). Uma delas era a turista paulista Giulia Righetto, de 26 anos, que morreu no acidente.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o delegado da PF Maurício Salim, informou que a perícia não terá resultado no curto prazo e não descarta a possibilidade de responsabilização criminal sobre a morte da jovem. "A investigação tem como norte que, possivelmente, sempre em tese, pode ter acontecido um homicídio, provavelmente culposo, uma lesão provavelmente culposa, e os danos. Mas não há nada, não há nenhuma conclusão ainda nesse sentido", disse Salim em visita à igreja.
Segundo o delegado, a condição do templo enquanto equipamento tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é um dificultador para a operação. "A investigação é bastante complexa, envolve uma série de exames periciais e não é possível apressar os atos de instrução. Se tratando de imóvel tombado, a repercussão vai além da fase criminal. Nós sabemos que haverá repercussão cível e repercussões administrativas", delimita.
Informações do jornalista Lula Bonfim apontam que as oitivas serão conduzidas em conjunto pela PF e pelo DPT (Departamento de Polícia Técnica), e estão previstas para começar entre sexta (7) e segunda-feira (10). Durante a investigação os agentes deverão utilizar um scanner 3D para fazer um registro de toda a área atingida, fazendo imagens que possibilitem revisitar o local do acidente para exames complementares.
O corpo de Giulia está no IML (Instituto Médico Legal) de Salvador, que ainda não divulgou informações sobre a liberação para a família.
Bahia Notícias/Foto: Defesa Civil/Divulgação
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