Em Petrolina as constantes falta de água nos bairros. Falta de água na zona urbana. Água salobra. Esgotos estourados. Estes são alguns dos temas que será discutido na terça-feira (21), durante audiência pública sobre a concessão parcial dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Através das redes sociais, moradores questionaram que a Compesa "arrecada mais de 12 milhões de reais em Petrolina" e que a população não tem retorno.
A iniciativa da audiência pública é do Governo de Pernambuco e tem como objetivo apresentar os estudos realizados a respeito da concessão, bem como ouvir as propostas da população sobre o tema. A primeira audiência aconteceu no Recife no dia 15 de janeiro, seguida pelo encontro de Caruaru que ocorreu na quinta-feira (16). Após Petrolina, as próximas cidades que vão receber o evento são Salgueiro e Serra Talhada nos dias 22 e 31 de janeiro, respectivamente.
O modelo de concessão apresentado pelo Governo propõe que a Compesa siga responsável pela etapa de produção e tratamento de água. Contudo, a etapa de distribuição passaria para a gestão da iniciativa privada, bem como a coleta e tratamento dos esgotos, exceto na Região Metropolitana, onde existe uma parceria público-privada para o esgotamento sanitário.
O diretor do Sindicato dos Urbanitários, José Barbosa Filho, reforçou o posicionamento da instituição de ser contra o projeto de concessão dos serviços de saneamento, classificando-o como um modelo já fracassado em estados como Alagoas, Sergipe e Rio de Janeiro.
“ Água não deve esta a venda. Há alternativas mais eficazes, como investimentos no sistema, qualificação profissional dos trabalhadores, redução da terceirização e o fortalecimento de outras parcerias”, explicou o representante.
redegn Foto arquivo PMP
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