Luiz Gonzaga vive na alma do povo brasileiro. Para além de um artista nordestino, Luiz Gonzaga foi cantador de todo um País, e como sanfoneiro permanece trinta e cinco anos depois de sua morte. Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, se vivo estivesse, completaria 112 anos, e não por acaso, a data celebra, também, o Dia Nacional do Forró, instituído para celebrar o seu nascimento.
Para a REDEGN o neto de Gonzagão e filho de Gonzaguinha, o cantor Daniel Gonzaga, ressalta que Luiz Gonzaga conseguiu mostrar o Brasil para o Brasil através de uma escolha maravilhosa de parceiros incríveis, tais como Zé Dantas, Humberto Teixeira, Zé Marcolino, Onildo Almeida, João Silva. Quem estuda suas canções viajando pelo Nordeste, percebe a riqueza cultural das suas canções. As represas, as estradas, a fauna, a flora, as cidades, elas revelam um sertão ainda pouco conhecido para o Nordestino e totalmente desconhecido para o Sudestino, que vê no e que Gonzagão conseguiu enxergar isso em 1947. Por isso, eu considero ele o maior artista brasileiro".
Parte das canções que o rei do Baião fez questão de gravar surgiram de inquietações e até mesmo sofrimentos sentidos por ele enquanto nordestino, que precisou deixar sua terra. A cantora e compositora Anastácia, a rainha do forró, fala que pôde perceber isso de Dominguinhos, seu esposo à época e Gonzagão. Assim, ganharam o mundo a Feira de Caruaru, a hidrelétrica de Paulo Afonso e o Rio São Francisco, dentre tantos outros exemplos que não se limitavam ao que havia de bom.
A jornalista Germana Macambira diz que Luiz Gonzaga é um dos gênios da Música Popular Brasileira, senão o maior deles, é indispensável e sempre será, trazê-lo à tona para reforçar a perenidade de sua obra e o peso trazido à identidade brasileira, urbanizando o xote, o xaxado e o baião quando de Exu, no Sertão pernambucano, propagou o Nordeste em prosa, versos e cantorias entremeadas às bonitezas e agruras inerentes à Região.
"O universo gonzagueano é vasto, imensurável, sem fim. Permanece intacto e ressoado, mesmo quando vem à tona em ritmos estilizados, universitários e ausentes da tríade sanfona, triângulo e zabumba, "Seu Luiz" se faz presente como referência maior, seja em releituras, shows ou rodas de diálogos, é lembrança incontroversa. O dia de hoje, portanto, é de comemoração e de brios tomados pela satisfação de ter como representante maior da cultura nordestina as proezas do velho 'Lua' que ganha homenagens em espaços diversos em Salvador, Recife, Caruaru e Exu", diz Germana.
O site da TV CCN destaca que Luiz Gonzaga do Nascimento foi um precursor. Nascido há 112 anos em Exu, no sertão de Pernambuco, o cantor, compositor e músico pernambucano utilizou o seu talento para apresentar ao país um Nordeste desconhecido. Da seca da Asa Branca até as belezas do luar do sertão, Gonzaga cantou de tudo e deu o som de uma região marcada pela força do seu povo, da Bahia ao Maranhão.
Para celebrar, o município de Exu, no Sertão de Pernambuco, conta com várias homenagens que começam na quinta-feira (12) e seguem até a segunda-feira (16). Os festejos acontecem no Parque Asa Branca e na Praça da Matriz.
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