Juazeiro: Tardezinha na Beira do Rio São Francisco é o nome do show de Alan Cleber neste domingo (15)

"Tardezinha na beira do rio São Francisco. É um projeto que sonhei. Cantar ao pôr do sol às margens do Rio São Francisco, Opará Rio Mar Velho Chico. Cantar na minha cidade para meu povo curtir, livre, feliz com muito axé e muita alegria, diversidade, Cantar tudo divino e maravilhoso".

Essa foi a definição do cantor Alan Cleber deu para a apresentação, Tardezinha na beira do Rio São Francisco, orla 2, Juazeiro, Bahia,  domingo (15), às 17hs. 

Alan Cleber é um dos maiores talentos e animação musical de todos os tempos na região. 

A REDEGN publicou recentemente um texto do jornalista, Ney Vital, colaborador da REDEGN destacando o show de Alan Cleber: Foi tudo em nome do amor. Confira:

Nascido em Juazeiro, Bahia, no dia 03 de fevereiro. Não é por acaso que Alan Cleber traz a energia musical no corpo e na alma.  Alan Cleber conta que o impulso da carreira artística começou no teatro, na época dos grandes festivais de Juazeiro, Bahia. "No primeiro festival Edésio Santos da Canção eu fui convidado para interpretar apenas uma música. Foi uma canção de Cássio Lucena que se chama “A travessia do Mar Vermelho”. 

Ali, ele ganhou o primeiro lugar de melhor intérprete. E cantar, se movimentar  é uma das grandezas de Alan Cleber. No repertório Maria Bethania, Roberto Carlos, Ney Matogrosso...do forró ao tropicalismo, do frevo ao maracatu. É Alan Cleber um vendaval, no melhor sentido de inventar o ritmo da vida na paz do cantar, da arte de viver. Alan Cleber É um rio caudaloso de talento musical e presença de palco.

Um dos shows mais expressivos de Alan  Cleber é  "Foi tudo culpa do Amor". Desde que vi este espetáculo/arte pela primeira, onde ele mostra um dos melhores lados da Música Brasileira e quebra preconceitos de forma visionária e moderna, lembro do jornalista e historiador Paulo Cesar de Araújo.  Paulo César, escritor é também o autor da biografia “proibida” do “Rei” Roberto Carlos – leitura obrigatória para quem conseguir encontrar algum exemplar do livro censurado. Paulo pesquisou durante sete anos a história da chamada música brega entre 1968 e 1978 – os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil. 

O livro mostra que os cantores Odair José, Benito Di Paula, Diana Pequeno, Barto Galeno, Evaldo Braga, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo foram ignorados por estudos e pesquisas sobre o período e marginalizados na história cultural do país. É preciso saber: os cantores (chamados) bregas, embalavam as massas, foram quase tão vitimados pela censura quanto Chico Buarque, Caetano Veloso. Foram massacrados pela industria cultural. No livro Eu Não Sou Cachorro, Não, título extraído de um grande sucesso de Waldick Soriano, o historiador tenta fazer justiça a esses ídolos populares.

Odair José, por exemplo, teve  música proibida por ter sido lançada quando o governo fazia programas de incentivo ao controle de natalidade entre as populações pobres, apesar da posição católica contrária ao uso de anticoncepcionais. Para os censores, a canção de Odair José representava uma conclamação à desobediência civil e uma referência explícita à sexualidade.

'A maioria dos trabalhos sobre música brasileira trata da tradição, como o folclore nordestino, e da modernidade, como o tropicalismo', diz o escritor. 'O brega não é nem uma coisa, nem outra. Toda forma de música brega é puro amor, poesia 'A idéia é mostrar que os bregas também tiveram importância na história de nossa cultura'.

Então tenho dito: viva a Alan Cleber...Tudo foi e é por culpa do amor...Viva a música brasileira!

 

 

 

Redação redegn Foto redes sociais