Um levantamento realizado pelo Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), complexo hospitalar administrado pela Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), mostra que no primeiro semestre de 2024 houve um aumento de 37,7% no número de pacientes que procuraram a unidade após o ataque de animais peçonhentos, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2023 foram contabilizados 56 pacientes vítimas de animais peçonhentos no Hospital Regional de Juazeiro, enquanto nos primeiros seis meses deste ano, 90 pacientes deram entrada na unidade em decorrência desse tipo de acidente.
Os dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostram que, até junho desse ano, foram registrados em todo território baiano 14.896 casos de ataques de animais peçonhentos, sendo que o maior número de incidências foi com escorpiões, totalizando 10.481 vítimas, seguido de serpentes, com 1.839 casos; 1.054 pessoas sofreram ataque de abelhas e 604 foram vítimas de aranhas.
De acordo com o médico infectologista do HRJ, Washington Dantas, é necessária muita atenção para evitar possíveis ataques de animais peçonhentos, que são aqueles capazes de produzir substâncias tóxicas e injetá-las em suas vítimas através de estruturas especializadas, como ferrões e dentes. Nesse grupo estão incluídos escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, lacraias, maribondos, vespas e águas-vivas, entre outros.
Entre as medidas que podem ser adotadas para evitar o contato com esses animais estão afastar camas e berços das paredes, usar luvas para colocar a mão em buracos, verificar roupas ou sapatos antes de vestir, manter jardins e quintais limpos e afastar luminárias, principalmente de lâmpadas fluorescentes.
O infectologista orienta ainda que, em caso de ataque de animais peçonhentos, a vítima deve procurar uma unidade de saúde imediatamente. “Nessas situações é importante saber que não se deve colocar a boca no local do ferimento nem passar substâncias químicas. O que deve ser feito de imediato é lavar o local do ferimento com água e sabão e em seguida buscar ajuda médica”, explica.
Ascom/Imagem de wirestock no Freepik
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