Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão monitorar o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promove neste domingo (21) em Copacabana, no Rio. Mas, diferentemente da expectativa que havia sido criada para o primeiro desses eventos - realizado na Avenida Paulista em fevereiro - os ministros não acreditam que ele se deterá em atacar a Corte ou em reprisar com muita insistência os episódios do 8 de janeiro do ano passado.
Como da outra vez, porém, deve assinalar a ameaça de que o País "está próximo de se tornar uma ditadura" e que os brasileiros de bem necessitam tomar as ruas em defesa da democracia. Também como fez no comício da Avenida Paulista, Bolsonaro está pedindo aos seus seguidores que não levam faixas e cartazes com ataques aos ministros do Supremo.
O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação, postou no X (antigo twitter) um vídeo de Bolsonaro em que o ex-presidente reafirma que será um ato pacífico em defesa da democracia, sem cartazes e sem faixas. "Vamos lá, fazer essa manifestação que, novamente, servirá para uma fotografia para o mundo e para nós discutirmos aí, realmente, o nosso Estado democrático de direito', afirmou na gravação.
Desde o governo do ex-capitão, a orla de Copacabana se tornou território bolsonarista. Ali, Bolsonaro fez praticamente todos os seus atos públicos e chegou a tentar transferir a parada militar de 7 de Setembro da Avenida Getúlio Vargas - onde acontece tradicionalmente todos os anos - para a praia. No fim não deu certo e o Rio ficou sem o desfile.
Embora não vá deixar de lado a defesa em causa própria sobre a suposta tentativa de golpe frustrada e nem os pedidos de anistia para os vândalos que invadiram as sedes dos Três Poderes, Bolsonaro vai destacar as críticas do empresário Elon Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Musk acusa Moraes de censurar publicações e defendeu o impeachment do ministro, prometendo que publicaria em breve ordens de Moraes que, segundo ele, violam as leis brasileiras. Em outra bravata disse que descumpriria as ordens judiciais brasileiras.
Por fim, Musk conseguiu um relatório produzido por uma comissão parlamentar nos Estados Unidos, intitulado "O ataque contra a liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil". A comissão é presidida pelo republicano Jim Jordan, muito ligado ao ex-presidente Donald Trump.
Em nota divulgada nesta quinta, a assessoria de imprensa do STF afirmou que os documentos reproduzidos no relatório da comissão parlamentar norte-americana não se tratam "das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão".
Portanto, se imagina que Bolsonaro usará o tema e o confronto entre Musk e Moraes para animar seus apoiadores e repetir o questionamento de por que o ministro defende a censura, tentando tirar do ar publicações que considera inapropriadas.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira (19) sua presença no ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana. Ele indicou que usará o evento para criticar a ação da Procuradoria Regional Eleitoral que pede a cassação de seu mandato.
Correio Braziliense Foto redes sociais
6 comentários
21 de Apr / 2024 às 07h25
Isso não é da competência do STF.o STF não tem nada a ver com isso.mas esse STF do Brasil quer se meter em tudo
21 de Apr / 2024 às 08h04
Bolsonaro 2026
21 de Apr / 2024 às 11h24
Enquanto não responder preventivamente pelos seus ATOS vai ficar assim fazendo discursos pela liberdade de expressão, coisa que ele fez e fez mal ao POVO , AO NORDESTE, STF , STJ. TSE ! só enchendo a cabeça dos seus seguidores contra instituições este INELEGÍVEL!bossonauro com pretensão a ditador NUNCA MAIS certo carlao, kim,juazeirense, Marcos e uma penca de IDÓLATRAS.
21 de Apr / 2024 às 15h48
Srs leitores. Falo com propriedade. Nem nos tempos em que o nosso Brasil, foi governado por militares, presencie tal situação. Testemunhei o saudoso deputado federal Chico Pinto, literalmente falar palavras de toda ordem, contra militares, especialmente os Generais, que estavam no poder. Fui as ruas pelas diretas já, não foi possível em 1986, foi através do congresso nacional,mas, em 1989, já tivemos eleições diretas. Eram manifestações grandiosas. Sou Democrático puro sangue, não sou alienado, muito antes do atual presidente da República, chegar ao poder, estando aqui em Juazeiro, lá estava
21 de Apr / 2024 às 15h59
Não Câmara Municipal, hoje paço. Em seguida, ele Lula, ia se reunir com o saudoso Bispo, D José Rodrigues,na residência bispado,sito atrás da catedral. A carta magna, 5 de outubro de 1988, preconiza manifestação pacífica, com ordem pública, e, livre posições de pensamento. Se por um acaso, irem de encontro as normas, tem na nossa legislação, como proceder. Uma certa feita, não muito remoto, o presidente Lula, disse que" Nós tínhamos uma corte acovardada e, que uma integrante Supremo Tribunal, tinha o grilo duro " Ele Lula, que eu saiba, até hoje, não foi ouvido, a respeito da fala referente o
21 de Apr / 2024 às 16h06
Referente ao que disse. Como já disse, nas ruas desta cidade, já cantei até equivocadamente " Querer um país sem Corrupção, sem violência e lutando por direitos iguais" qdo digo equivocadamente, é pelo fato de que, impossível não ter violência, Corrupção, o certo seria com MENOS Corrupção e violência. Afim, cantei " Qual é a sua meu irmão, votar no doido ou no ladrão" até hoje, canto e, sigo no mesmo propósito, também entendo que, uns tem preço, outros caráter. Pensem nisso. Que Deus, na sua infinita bondade, continue nos abençoando.