"Prevenção e controle da dengue: como devemos agir?" Esse foi o tema do segundo painel do CB.Debate Dengue — Uma luta de todos, que ocorreu, no auditório do Correio Braziliense. Entre as autoridades que integraram o momento de diálogo, estavam Allan Bruno de Souza Marques, diretor assistencial do grupo H Dia; o infectologista do Hospital Brasília Henrique Valle Lacerda; e Marcelo Maia, médico do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Anchieta.
Com a explosão de casos de dengue, surgem dúvidas sobre o uso de produtos para combater o mosquito Aedes aegypti, como medicamentos e repelentes. O tema foi lançado pelo painelista Henrique Valle Lacerda. Ele explicou que repelentes caseiros, por exemplo, não tem comprovação científica e, por isso, não garante a proteção contra o transmissor da dengue. O especialista acrescentou, ainda, que é necessário que esses produtos tenham aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Lacerda projetou informações sobre o ciclo do Aedes aegypti. Aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Adriana Bernardes, o especialista explicou que a dengue existe em praticamente todo o mundo e em determinados meses do ano — diferentemente do Brasil. Um dos exemplos utilizados é de que, com mais casos durante o ano, a taxa de mortes consequentemente se torna maior. "Se a gente pode ter dengue o ano inteiro, a gente tem o potencial de ter o hospital cheio o ano inteiro, além de pessoas morrendo mais, por ter tido uma ou duas infecções da doença. Nós vimos o reflexo disso", explica.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) cita que a prevenção combinada precisa ter monitoramento e, nele, prever riscos de epidemia. Só assim conseguimos fazer o controle de vetores, preparando a população em caso de surtos, evitando hospitalizações e óbitos.
Para o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil-GO), que é médico, a imprensa tem o papel fundamental de informar e alertar a população sobre prevenção e cuidado com os focos do mosquito Aedes Aegypti. "A dengue vem aumentando não só em Brasília, mas no país inteiro. Por isso a importância dos meios de comunicação chamarem a atenção da sociedade em geral a respeito das medidas preventivas que devemos ter dentro de casa. Porque 75% das contaminações acontecem dentro das casas. Temos que ter cuidado com o lixo e com água parada nas calhas. Tudo isso pode ser prevenido com limpeza. Perder a vida para um mosquito é uma coisa muito séria", defendeu.
Redação REDEGN com informações Correio Braziliense Foto Agencia Brasil
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