A atleta Flávia Saraiva garantiu no último dia 23, a medalha de prata do individual geral de ginástica nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023. A ginasta marcou no total 54.565, enquanto Jade Barbosa ficou em 4º lugar na prova. Kayla Dicello, dos Estados Unidos, ficou com o Ouro e Jordan Chiles, também estadunidense, com o bronze.
Em 2021, a REDEGN com exclusividade obteve a informação que, Flávia Saraiva, na época já uma estrela da ginástica artística olímpica brasileira em Tokio/Japão seria uma futura campeã.
A cada gesto e sorriso ela lembra o luar e as estrelas que brilham na Serra do Araripe. A cada pulo e desafio que vence lembra os acordes e suas inversões, arpejos mais difíceis das notas da sanfona da paz de Luiz Gonzaga.
O pai de Flávia, nasceu em Exu, Pernambuco, na mesma terra de Luiz Gonzaga e de Barbara de Alencar. Barbara mulher revolucionária brasileira. Primeira presa política do Brasil, é considerada uma heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador. Luiz Gonzaga mestre da cultura da sanfona, tem música gravada até no ritmo japonês. João Saraiva tem o cheiro desta poeira e identidade. Foi aluno do Colégio Municipal Bárbara de Alencar. João Saraiva tem 11 irmãos.
A REDEGN fez contato com os parentes da atleta Exu e também conversou com João Saraiva que mora no Rio de Janeiro. i
Boa parte da família de Flavia Saraiva reside no sítio em Chapada da União, na zona rural do município de Exu. A reportagem da REDEGN conversou com tia da atleta.
Elma Nubia Saraiva Ubirajara Magalhães. "No momento estamos todos muito feliz, mas ao mesmo tempo entrego tudo nas mãos de Deus que sabe todas as coiisas, Sinto-me privilegiada por ter uma pessoa da família destaque no esporte internacional. Leva o nome do Brasil com orgulho. O começo foi muito difícil. Mas eu tinha certeza que Flávia chegaria onde está. Estamos, nós e todos os brasileiros enviando boas vibrações", disse Elma.
Flávia sempre que tem umas férias costuma visitar Exu.
Flávia começou cedo no esporte. Aos oito anos, costumava brincar de cabeça para baixo, o que chamou a atenção de uma de suas primas, que aconselhou a mãe da pequena: ”Coloque a sua filha na ginástica!”.
Pouco tempo depois, a menina já fazia parte de um projeto social da coordenadora da Seleção feminina, Georgette Vidor, o “Esporte para Todos”, da ONG Qualivida, que revela jovens ginastas, no Rio de Janeiro.
Nos Jogos da Juventude, na China, em 2014, ela conquistou três medalhas: um ouro no solo e duas pratas, no individual geral e na trave. Em Copas do Mundo, já subiu ao lugar mais alto do pódio cinco vezes. Em sua estreia olímpica, no Rio 2016, a atleta foi um dos maiores destaques da equipe. Classificada para a final da trave com a terceira melhor nota, acabou se desequilibrando e terminou em quinto lugar.
Detalhe: nas olimpiadas foi elogiada pela ginasta campeã Simone Biles dos Estados Unidos. Reportagens internacionais apontam que A veia persistente vem dos pais, nordestinos que deixaram o sertão para tentar a vida na capital carioca. O sonho de ser ginasta começou ainda pequena, quando assistia, pela televisão, a performance de antigas campeãs.
O mundo esportivo aplaude a arte de Flávia Saraiva e é certo que todos se encantam qual a melodia mais bela tocada lá alto da Serra do Araripe, na terra do seu pai, João Saraiva, do vento cantarino, interpretada por Luiz Gonzaga.
Redação redegn Foto redes sociais
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