Estudantes da Universidade Aberta à Terceira Idade
Fotografias, jornais, folhetos e relíquias da história de Juazeiro. Com esses documentos históricos, a exposição Juazeiro 145 anos: Fragmentos de uma história convida o espectador para uma viagem ao passado da cidade para entender o presente.
Organizada pelo Acervo Maria Franca Pires, a mostra traz documentos históricos desde o início do século XX até a década de 1970 e estão expostas na Galeria Ivan Cruz, no Departamento de Ciências Humanas III.
O acervo iniciado pela professora Odomaria Bandeira está em atividade desde 2006, com a proposta de manter a materialidade da documentação histórica, valorizar a memória e estudar aspectos da modernização da cidade e formação da imprensa da região nos materiais doados a UNEB pela professora Maria Franca Pires (1921-1988). A professora Odomaria relata uma grande emoção ao ver a continuidade da pesquisa e a manutenção do acervo.
Professora Odomaria Bandeira |
Ela explica ainda que a exposição é uma forma de reconhecimento da importância do material e do trabalho de estudo dos documentos. "Você pode não gostar da história, mas é ela quem antecede a nossa existência e que vai dar algum sentido para qualquer narrativa sobre a cidade". Ela vê uma perspectiva de futuro na pesquisa do acervo, almejando que se torne também mais uma fonte de estudo para pesquisadores e alunos das instituições de ensino da região.
Coordenado pelas professoras Edonilce da Rocha Barros e Andréa Cristiana Santos, o acervo tem alunos do curso de Jornalismo em Multimeios realizando trabalhos de pesquisa e extensão. O aluno Alison Ferreira conta que "trabalhar no acervo é um processo de conexão e curiosidade, o que torna impossível não fazer comparações entre o agora e o antigo". Ao fazer a transcrições de documentos históricos como relatos biográficos e entrevistas, ele explica que é um sentimento de se sentir imerso na cidade, com a sensação de que "Juazeiro tem uma história para ser contada".
Comissão organizadora e visitante |
Além dos materiais expostos, a exposição mantém a interação multimídia com QR Code que conduz quem visita a exposição para os documentos transcritos e digitalizados no blog Acervo Maria Franca Pires (https://projetomariafrancapires.blogspot.com/) como traços biográficos de Luis Cursino da França Cardoso, entrevistas com artistas como Edesio Santos e lideranças religiosas de ancestralidade africana como Henrique Gomes (Pai Henrique). A exposição conta ainda com mostra de livros do acervo Dom Jose Rodrigues, coordenado pelo professor Francisco Assis Silva.
A mostra segue aberta à visitação do público até 30 de julho, das 9h até 19h. As escolas e pessoas que desejem marcar visita guiada com horários específicos devem agendar a visita pelo contato [email protected]
Por João Pedro Tinel – Agência MultiCiência
0 comentários