Cooperativas da agricultura familiar da Bahia acessam capital de giro e incrementam produção

O sucesso da parceria entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o Sistema Cresol-Ascoob e o Conselho Gestor do Fundo Rotativo (Cogefur) está cada vez mais evidente. Segundo dados divulgados no último mês de maio de 2023, do Cogefur, já são mais de R$ 6 milhões financiados por capital de giro pela linha de crédito Coopergiro e 25 cooperativas e associações beneficiadas pelas operações para o incremento da produção e comercialização dos produtos.

O assessor especial da CAR, Ivan Fontes, ressaltou que a necessidade por capital de giro era uma demanda das associações e cooperativas, que vem sendo garantida por meio da linha de crédito Coopergiro. "Os empreendimentos apoiados pela CAR, além dos investimentos já realizados, necessitam de capital para a aquisição de matéria-prima, formação de estoque e outras necessidades. Essa parceria hoje é um sucesso total no número de operações e no valor contratado. Agora teremos uma aplicação disso, com a incorporação de novas cooperativas de crédito operando o Coopergiro", informou.

A linha de crédito Coopergiro tem excelentes condições de contratação, como taxa de juros de 1,5% ao mês e prazo de 12 meses para o pagamento, com até três meses de carência. A parceria inclui empreendimentos já apoiados pelo Governo do Estado por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.

O gerente-administrativo e comercial do Cogefur, Gelvane Santiago, faz uma avaliação positiva da parceria, que já possui seis operações liquidadas e 0% de inadimplência. "Foi uma iniciativa muito importante essa parceria com a CAR para abrirmos as portas para as cooperativas e associações que necessitam do capital de giro. Sem falar que o capital de giro elimina, em muitos casos, a figura do atravessador que compra os produtos a um preço baixo à vista, mas que garante a renda imediata aos produtores. Agora, a nossa expectativa é avançar ainda mais com as operações já que vamos iniciar convênio com a Cresol Brasil, o que vai possibilitar o atendimento a outras regiões da Bahia, como o Oeste baiano", assinalou.

O diretor-executivo da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (Coopafbasul), Gileno Araújo, comentou os benefícios por acessar o capital de giro. "O Coopergiro conta com taxas de juros mais acessíveis, o que facilitou o nosso planejamento financeiro. O processo de solicitação e liberação do capital foi ágil e descomplicado, o que nos permitiu ter mais agilidade no processo de tomada de decisões. Com o capital de giro, conseguimos honrar nossos compromissos e realizar investimentos em novas estratégias de negócios, gerando impactos positivos na região, no que se refere ao volume de comercialização e agregação de valor nos sistemas produtivos da borracha, cacau, guaraná, palmito, coco de piaçava e fruticultura", comemorou.

A Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) também já utilizou o capital de giro para incremento da produção. "A Coopatan vem crescendo ano a ano, em uma média de crescimento de 25 a 30% e, com isso, ela tem necessidade de comprar equipamentos e investir em estoque para atender a um maior número de cooperados. Então, pegamos R$ 300 mil pela Coopergiro, já pagamos, renovamos o contrato por mais R$ 500 mil e já estamos pagando novamente", explicou o presidente da Coopatan, Juscelino Macedo.

Entre os sistemas produtivos já favorecidos pelo capital de giro Coopergiro, estão a fruticultura, mandiocultura, palmicultura, ovinocaprinocultura, cafeicultura, meliponicultura, bovinocultura de leite, cacauicultura, além de artesanato e no processo de comercialização. Os territórios de identidade que já utilizaram os recursos foram o Baixo Sul, Sisal, Semiárido Nordeste II, Sertão do São Francisco, Bacia do Jacuípe e Sudoeste Baiano.

Ascom SDR/CAR