Faltando menos de uma semana para iniciar o verão no Brasil, o 9° Grupamento de Bombeiros Militar – 9° GBM, que atende a 37 cidades da região norte da Bahia e uma extensa área de faixa do Rio São Francisco, reforça orientações para que os veranistas possam aproveitar com segurança as atividades de lazer em águas.
A preocupação se dá por conta das diversas situações envolvendo afogamentos de extrema gravidade e óbitos na região Norte da Bahia. O Corpo de Bombeiros destaca que o conhecimento das instruções sobre segurança em rios, cachoeiras, praias e piscinas é fundamental para garantir um verão tranquilo e prevenir incidentes.
Nos balneários, é preciso se atentar para banhos apenas em áreas protegidas por guarda-vidas, que podem ser identificadas pelas bandeiras de cor vermelha sobre amarelo. Também é importante respeitar a sinalização, as bandeiras e orientações dos guarda-vidas, evitando entrar em locais próximo a pedras, estacas e píeres.
Os banhistas devem procurar entrar no mar sempre acompanhados, manter supervisão constante sobre crianças e não utilizar dispositivos infláveis (boias, colchões). Além disso, o uso de bebidas alcoólicas é desaconselhado, bem como a tentativa de resgate de pessoas que estão se afogando.
O Corpo de Bombeiros ainda alerta que os banhistas devem se certificar da profundidade da água antes de realizar mergulhos. O cuidado também se estende aos pescadores, que são desaconselhados a se posicionar em cima de pedras que podem ser alcançadas grande correnteza.
OUTRAS FONTES – No caso de outras fontes de água, os cuidados se mantêm. Em piscinas, é preciso instalar grades de proteção ao redor para que as crianças não caiam na água e quando a piscina estiver sendo usada o filtro deve permanecer desligado para evitar a sucção de cabelos.
Em cachoeiras e lagos, não é desaconselhável saltar de cabeça, especialmente em locais em que não se conhece a profundidade e a presença de pedras. Assim como nos rios, dispositivos flutuantes (bóias de braço e de cintura, colchões infláveis, câmaras de ar, pranchas) não devem ser utilizados, pois estão sujeitos a ação de correntezas que podem levar o banhista para áreas mais profundas.
PREVENÇÃO – A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), no primeiro semestre de 2022 levantou que afogamentos em praias, piscinas, rios e represas são a causa de 5.700 mortes por ano no Brasil. Crianças e jovens do sexo masculino são as principais vítimas.
O levantamento revelou também que, até 2020, os afogamentos eram a segunda causa de morte entre crianças de um a quatro anos de idade; mas, de lá pra cá, tornou-se a primeira. E mais da metade das mortes por afogamento de crianças de um a nove anos acontece em piscinas.
Ainda, de acordo com o PHTLS (Pre-hospital Trauma Life Support), um dos principais manuais internacionais sobre serviços de atendimento pré-hospitalar, estima-se que 85% de todos os casos de afogamento podem ser prevenidos por supervisão, instruções de natação, controle tecnológico e educação pública.
Dessa forma, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia reforça que os veranistas devem se atentar às orientações antes de praticar qualquer atividade em meio aquático.
Ascom
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