Debate na Globo tem batalha de direitos de resposta, acusações de corrupção e discussões sobre pandemia, educação, fome e desmatamento

O debate na TV Globo na noite de quinta (29) para sexta-feira (1º) que reuniu sete candidatos à Presidência da República teve batalhas de direitos de resposta, acusações de corrupção e discussões sobre pandemia, educação, fome e desmatamento.

Participaram do debate os candidatos: Ciro Gomes (PDT); Felipe d’Avila (Novo); Jair Bolsonaro (PL); Lula (PT); Padre Kelmon (PTB); Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Seguindo a lei eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.

Pelas regras do debate, em todos os quatro blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si. De acordo com ordem definida por sorteio, um candidato escolhia para quem gostaria de fazer a pergunta, entre aqueles que ainda não tinham respondido no bloco.

Direitos de resposta
O embate entre Lula e Bolsonaro, candidatos mais bem-posicionados nas pesquisas de opinião até aqui, começou logo no primeiro bloco de perguntas.

Bolsonaro foi perguntado pelo candidato Padre Kelmon (PTB) sobre a manutenção de programas sociais e sobre os riscos de um retorno da esquerda ao poder. Na resposta, fez diversas críticas aos governos Lula, entre 2003 e 2010.

"Nós não podemos voltar à fase que éramos há pouco tempo, onde era uma cleptocracia, a roubalheira imperava no nosso país. O governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha, dezenas de delatores devolveram R$ 6 bilhões para pegar uma pena menor. Não podemos continuar no país da roubalheira", disse Bolsonaro.

Lula pediu e obteve direito de resposta e, ao usá-lo, devolveu as críticas a Bolsonaro.

"Ele falar que eu montei quadrilha, com a quadrilha da rachadinha dele que ele decretou sigilo de 100 anos, com a rachadinha da família, do Ministério da Educação com barras de ouro? Ele, falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele. Saber o que foi a quadrilha da vacina, o oferecimento de US$ 1 por cada vacina importada. Isso não sou eu que disse, é a CPI que está dizendo", disse Lula.

Neste momento, Bolsonaro pediu novo direito de resposta, que foi concedido.

"Mentiroso. Ex-presidiário. Traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha são teus filhos roubando milhões de empresas após a tua chegada ao poder. Que CPI é essa, da farsa, que você vem defender aqui? O que achou ao meu respeito? Nada. Que dinheiro de propina? Não tenho propina", disse Bolsonaro.

Em seguida, Lula também pediu e também obteve mais uma vez o direito de resposta.

"Eu vou fazer uma coisa para você [Bolsonaro]. Vou fazer um decreto acabando com o seu sigilo de 100 anos. Para saber o que tanto você quer esconder por 100 anos. Para saber o que esse homem esconde por 100 anos. E eu vou parar por aqui, porque quero que os outros participem do debate. O presidente, quando aparecer por aqui, por favor minta menos", disse Lula.
Em outro momento do debate, Bolsonaro escolheu fazer uma pergunta para Tebet. Ele questionou a candidata sobre o assassinato, em 2002, do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, que era do PT.

Bolsonaro chamou Lula de "mentor do crime". Tebet lamentou que esse tema tenha sido trazido ao debate, em vez de propostas para o país.

"Eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato do PT, que ,segundo o senhor é envolvido, que está aqui. Por que não pergunta para o candidato Lula sobre esse assunto? E vamos tratar do Brasil. Vamos tratar dos reais problemas", criticou Tebet.

Diante da acusação de Bolsonaro, Lula pediu e obteve direito de resposta.

"Estou incomodado de pedir toda hora direito de resposta. Mas é que não é possível conviver com alguém com a cara de pau. Presidente, não é possível. Primeiro, o Celso Daniel era meu amigo. O Celso Daniel era o melhor gestor público que este país teve. Ele foi chamado da prefeitura para coordenar o meu programa de governo de 2002", disse o ex-presidente.

Quando foi sua vez de responder, a candidata Soraya Thronicke lamentou a troca de direitos de resposta entre Lula e Bolsonaro.

"Enquanto eles brigam, a boiada passa. Enquanto eles brigam, nos distraindo, o Brasil passa fome, o Brasil ainda encara escândalos de corrupção", disse Soraya.

Corrupção

A corrupção foi um dos temas mais explorados ao longo de todo o debate. Logo na primeira pergunta, Ciro Gomes disse a Lula que deixou o ministério do governo do petista "por conta das contradições graves de economia [...] e, mais grave ainda, das contradições morais".

Em seguida, Padre Kelmon e Bolsonaro usaram pergunta e resposta para criticar o governo Lula e os governos de esquerda.

Bolsonaro voltou a chamar as gestões do PT de "cleptocracia".

"Ou seja, não podemos voltar a esse estado de coisas que aconteciam há pouco tempo aqui no Brasil, onde a roubalheira imperava", disse Bolsonaro.
Eu uma de suas falas, a candidata Soraya também criticou a corrupção. Ela disse que, nos protestos de 2013, achou que o país fosse resolver esse problema. Porém, Soraya disse que se decepcionou, porque a corrupção continua sendo, na opinião dela, um flagelo no país.

"A minha coragem vem lá de trás, de 2013, quando eu levantei da fila dos que reclamam e vim para a fila dos que fazem. Indignada com os escândalos de corrupção do governo PT, e ainda indignada com os escândalos de corrupção que existem", disse Soraya.

"Quando nós levantamos a bandeira, eu, em 2018, e muitos outros candidatos levantamos a bandeira do combate à corrupção, eu achei que ali a coisa fosse realmente andar. Infelizmente, nós, hoje, passamos por essa decepção", completou a candidata do União Brasil.

Ao falar do tema corrupção, Lula procurou defender os governos do PT e afirmou que foi nas gestões petistas que se criaram leis e dispositivos para combater irregularidades na administração pública.

"Nós criamos a lei do acesso à informação, que qualquer pessoa poderia adentrar ao governo pedindo informação e saberia até a cor do papel higiênico do banheiro da Presidência da República. Depois, nós criamos a lei anticorrupção. Depois, nós criamos a lei contra o crime organizado. Depois, nós fizemos a nova lei contra lavagem de dinheiro. Depois, nós fizemos, colocamos a AGU [Advocacia-Geral da União] no combate à corrupção. Colocamos o Coaf na fiscalização de movimentação de bancária atípicas", argumentou Lula.

Pandemia de Covid e Saúde

A pandemia de Covid-19, as consequências que o coronavírus acarretou para a saúde pública e o processo de vacinação também foram temas questionados entre os candidatos.

"Vamos falar do Brasil real, que ainda chora a morte dos seus filhos que morreram prematuramente por conta da incompetência de um governo que não colocou vacina na hora no braço de milhões de brasileiros. O Brasil está morrendo, não só de Covid. Temos uma fila interminável de exames, consultas e cirurgias atrasadas", disse Tebet em pergunta para D'Ávila.

O candidato do Novo afirmou que a pandemia mostrou a importância da digitalização na Saúde.

"Nessa pandemia, algumas coisas interessantes aconteceram na Saúde: nós avançamos com a telemedicina, avançamos com o prontuário eletrônico. Precisamos ter essa digitalização na saúde que ela é fundamental. Principalmente na saúde primária. Porque é lá que vamos ter histórico das pessoas e passar e deixar de repetir exames que acontecem depois, sufocando a saúde terciária", disse D'Ávila.

Soraya, em pergunta para Padre Kelmon, citou o número de mortos pela Covid e disse que o governo de Bolsonaro atrasou a compra de doses de vacina.

"O senhor sabia que de cada seis pessoas que morreram na pandemia, nós poderíamos ter salvo quatro pessoas, se não tivesse atrasado as vacinas, se não tivesse faltado oxigênio. O senhor não se arrepende de defender um governo que fez isso?", questionou Soraya.

Padre Kelmon criticou a argumentação da candidata.

"Vocês falam tanto de Covid, Covid, Covid. Só se morre de Covid nesse país? Só se morre de Covid no mundo? São falácias, falácias e falácias, só o que vocês sabem fazer", disse o candidato do PTB.

Meio ambiente

Tebet fez críticas à gestão do governo Jair Bolsonaro na preservação do meio ambiente e na mitigação das mudanças climáticas. “Ao invés de proteger as florestas e cuidar da vida das pessoas, o seu governo cuidou e protegeu mineradores, invasores de áreas públicas e madeireiros. O senhor nesse aspecto foi o pior presidente da história do Brasil”.

Em resposta, Jair Bolsonaro disse que dois terços das florestas do Brasil ainda são preservados e citou o tamanho territorial da Amazônia para justificar o trabalho realizado na região nos últimos anos.

“Ela [floresta amazônica] equivale a uma Europa Ocidental. Como tomar conta disso tudo? No corrente ano, não tivemos notícia de incêndios nem no seu Pantanal e nem na Floresta Amazônica, a não ser o que acontece quase corriqueiramente”, afirmou Bolsonaro.

O presidente ainda citou a atuação das Forças Armadas no combate ao desmatamento e às queimadas no bioma brasileiro.

O candidato Lula afirmou que vai proibir o garimpo ilegal e citou que há, no Brasil, cerca de 30 milhões de hectares de terras degradas que podem ser usadas para o plantio.

“Eu queria dizer uma coisa: nós vamos proibir terminantemente qualquer garimpo ilegal. Não é necessário nenhum cidadão do agronegócio invadir a Amazônia ou o Pantanal. Quando eu era presidente, as pessoas queriam plantar cana no Pantanal. Eu não deixei, porque nós temos trinta milhões de terra degradada, de pátio degradado que você pode utilizar pra plantar o que você quiser, sem precisar derrubar uma árvore e fazer uma agricultura de baixo carbono que é o que o Brasil precisa”, afirmou Lula.

Padre Kelmon

Em determinado momento do debate, o candidato do PTB, Padre Kelmon, escolheu Lula para fazer uma pergunta.

Kelmon disse que houve corrupção nos governos do PT e acusou Lula de liderar supostos esquemas irregulares.

"Eu acho que o candidato está um pouquinho desinformado ou só lê o que quer", disse Lula.

Nesse momento, ele foi interrompido por Kelmon. O mediador do debate, William Bonner, alertou Kelmon que candidatos não podem interromper a fala um do outro.

Lula tentou prosseguir a argumentação, mas Kelmon seguia fazendo interrupções.

A mediação do debate pediu para Kelmon respeitar as regras. Ele e Lula continuaram falando, até a discussão ficar acalorada.

"É que candidato laranja não tem respeito por regra. Candidato laranja faz o que quer", disse Lula.

Kelmon insistiu em dizer que Lula chefiava esquema de corrupção. Lula o chamou de "mentiroso".

"O senhor deveria respeitar um padre", argumentou Kelmon.

"Eu sei que você não é padre, está fantasiado, rapaz, rebateu Lula.

No início do debate, quando se dirigiu para fazer uma pergunta a Kelmon, Soraya se confundiu com o nome do candidato: "Padre Kelson... Kelvin? Candidato Padre", disse a candidata.

Pouco depois, perguntando sobre a pandemia, Soraya lhe disse:

"Nós temos hoje quase 700 mil mortes por Covid. 130 milhões de órfãos. O que o senhor diria para consolar essas famílias, esses órfãos que estão até agora esperando uma ajuda do governo? Que estão até agora sofrendo, e muitos irmãos separados porque cada parente tem que ficar com um ou outro. O senhor não tem medo de ir pro inferno não?", questionou a candidata.

Fome

O tema da fome também foi debatido pelos candidatos. Um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), divulgado em setembro, mostrou que três em cada dez famílias brasileiras tiveram dificuldades para comprar alimentos e tiveram que reduzir a quantidade de algum item – sofrendo insegurança alimentar moderada ou grave.

O candidato Lula afirmou que, atualmente, o Brasil tem “31 milhões de pessoas passando fome” e disse que a gestão petista tinha “acabado com isso em 2012”. Ele, então, aproveitou para perguntar para Soraya Thronicke suas propostas para eliminar a fome no país.

Ao petista, Soraya Thronicke reconheceu que o “Brasil passa fome”, mas direcionou a resposta ao assunto da corrupção durante o governo do ex-presidente.

Em um direito de resposta, o presidente Jair Bolsonaro mencionou o tema. “Quando se fala em fome, eu dei R$ 600 de Auxílio Brasil. Você, [Lula], dava pouca coisa para os mais pobres, usava esses mais pobres como massa de manobra para ganhar voto”, afirmou Bolsonaro.

Tebet disse que o presidente ignora a fome, “porque insensível” e “não conhece a realidade do Brasil”. Segundo ela, não há como andar pelos centros urbanos sem “ver nos semáforos crianças dormindo com fome e pedindo pelo amor de Deus por um prato de comida”.

Bolsonaro novamente citou a criação do Auxílio Brasil como ferramenta no combate à fome e atribuiu a atual situação ao isolamento social implementado durante a pandemia da Covid-19.

“Fui, talvez, o único chefe estado do mundo que não foi pelo politicamente correto obrigando o povo ficar em casa [...] Nós atendemos aos mais necessitados, quem porventura estiver passando fome, que tem gente passando fome, pode se cadastrar e vai receber o auxílio Brasil de no mínimo R$ 600.”

Educação

Os candidatos trataram da educação do país em duas oportunidades – em ambas, quando o assunto foi sorteado nos blocos de temas pré-determinados.

Em um dos blocos, Padre Kelmon perguntou a Ciro Gomes como evitar que as universidades públicas fossem ocupadas apenas por estudantes de alta renda e com boa "educação de base". Ao longo da pergunta e da réplica, também disse que "as universidades públicas viraram fábricas de militantes".

Em resposta, Ciro disse que se compromete a, se eleito, "transformar a educação brasileira em todos os níveis em uma das 10 melhores do mundo em 15 anos".

O candidato do PDT afirmou que quer retirar a desoneração de itens de luxo incluídos na cesta básica e, com o dinheiro, colocar "um milhão de crianças" em creches de tempo integral. E, além disso, expandir a rede de ensino médio profissionalizante em tempo integral.

No quarto bloco, o tema foi sorteado novamente para que Simone Tebet perguntasse a Soraya Thronicke.

Soraya defendeu a importância de reforçar o orçamento da merenda escolar – mas usou a maior parte do tempo para tratar de outros temas.

Na réplica, Simone Tebet defendeu a implementação da reforma do ensino médio técnico e em período integral, com conectividade nas escolas. E disse que, se eleita, vai garantir um "prêmio" para o aluno que concluir o ensino médio.

"Eu já fiz a conta. Nós vamos premiar em cinco mil reais o jovem que terminar o ensino médio. Pra ele fazer o que ele quiser com esse dinheiro, desde que ele estude pra que ele tenha futuro digno, emprego de qualidade e renda. Sabe como? Dois milhões se formam, isso dá R$ 10 bilhões. Senadora Soraya, é metade de dinheiro gasto do orçamento secreto que hoje é utilizado pelo governo pra comprar votos no Congresso Nacional", disse Tebet.

Considerações finais

No último bloco, os candidatos tiveram 1 minuto para fazer considerações finais. A ordem foi definida por sorteio.

Felipe d'Ávila
O candidato do Novo, Felipe D’Ávila, pediu votos para o seu partido e lamentou a polarização entre as campanhas de Lula e Bolsonaro.

“O Brasil não vai voltar a crescer, não vai voltar a progredir, não vai sair desse atoleiro se nós elegermos esses governos que colocaram a gente nesse buraco. Você, quando está sozinho na cabine [de votação], é você com a sua consciência. Vote bem”, disse.

Ciro Gomes
O candidato do PDT disse que, se eleito, pretende reconciliar o Brasil.

"Eu sei que os radicais lulistas e os radicais bolsonaristas não querem ouvir nada, a não ser aquela história toda que nós já vimos e que está matando inocentes. Também pudera. Nós assistimos aqui àquilo tudo que eu estou tentando prevenir o povo brasileiro. Eu quero ser o candidato que vai reconciliar o Brasil", afirmou Ciro.

Padre Kelmon
O candidato do PTB buscou se dirigir ao público cristão em suas considerações finais.

"Meus irmãos, e minhas irmãs, eu me dirijo, especialmente, a você sacerdote, a você pastor, a você fiel deste Brasil Cristão. Vocês viram como me trataram aqui com tanto ódio, com tanto ódio a um sacerdote observem como faz esses que querem o seu voto, observem com o tamanho do ódio que eles preparam para os padres nesse continente latino-americano", afirmou.

Tebet

Candidata do MDB, Simone Tebet pediu que os eleitores reflitam “se a escolha tem que ser pelo menos pior, ou se tem que ser aquela escolha do seu coração”.

“Eu e Mara [Gabrilli] estamos prontas para fazer o maior projeto de inclusão do país [...] Eu não vou sossegar enquanto tiver um único brasileiro passando fome no Brasil”, disse.

Bolsonaro

Em suas considerações finais, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que seu governo "respeita a família brasileira" e reforçou pautas de sua campanha, entre elas, o posicionamento contra a legalização de drogas, o aborto e a ideologia de gênero.

Bolsonaro também defendeu o livre mercado e disse que o Brasil "dá exemplo para o mundo na recuperação da economia mundial".

Lula
O candidato à presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em suas considerações finais que o "povo tem muita facilidade pra escolher e saber o que que ele quer".

Lula disse ainda que "o problema não é governar, é cuidar do povo e gerar emprego, aumentar salário, aumentar massa salarial para melhorar a saúde, melhorar a educação, fazer universidade".

Soraya Thronicke
Soraya afirmou que "não adianta candidatos falarem e falarem, e dizerem números que não existem", pois, segundo ela, "é outra realidade nas ruas".

A candidata disse ainda que não tem "rabo preso com ninguém" e que não tem "medo de ser presa".

Como foram as regras do debate na Globo
O debate teve quatro blocos: o primeiro e o terceiro com temas livres. O segundo e o quarto com temas sorteados pelo mediador. Ao final do quarto bloco, cada candidato pôde fazer as considerações finais.

Em todos os blocos, candidatos fizeram perguntas entre si. Cada um escolhia para quem iria perguntar, entre aqueles que ainda não tivessem respondido no bloco.

As interações envolveram pergunta, resposta, réplica e tréplica.

Uma novidade em relação a debates de anos anteriores é que, desta vez, os candidatos puderam dividir como quisessem três minutos entre resposta e tréplica. Assim, poderiam usar, por exemplo, 30 segundos na resposta e 2 minutos e 30 segundos na tréplica.

A ordem em que os candidatos foram posicionados no estúdio foi definida por ordem alfabética do primeiro nome. Da esquerda para a direita, ficaram: Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Fonte: g1