O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta para queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 37, período de 11 a 17 de setembro, o Boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 19 de setembro.
Por outro lado, o pesquisador Marcelo Gomes alerta para o aumento recente de casos associados à influenza A: o vírus H3N2 gerou um surto fora de época no final do ano passado e está aparecendo novamente em São Paulo. Os indícios na capital paulista sinalizam tendência de aumento de SRAG nas últimas semanas, observado especialmente em crianças e adolescentes, e pode estar associado ao aumento de casos de influenza. "Por isso, não podemos esquecer da vacina para ter a melhor proteção possível”, destacou o coordenador do InfoGripe.
Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 9,7% para influenza A; 0,8% para influenza B; 8,6% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 55,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos nesse período foi de 1,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,0% para VSR; e 90,3% para Sars-CoV-2.
Os dados atuais sugerem que a tendência de aumento de casos entre crianças e adolescentes (0 a 17 anos) que se observou na maioria dos estados a partir do final de julho já dá claros indícios de interrupção na maioria dos estados, com alguns desses já apresentando início de processo de queda.
No cenário geral, observa-se queda ou estabilidade na incidência de casos em praticamente todas as faixas etárias da população adulta. A curva nacional segue apontando para um patamar inferior ao observado em abril de 2022, até então o mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil.
Fiocruz Foto divulgação
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