O delegado Marceone Jacinto concede entrevista sobre a Operação Romani. O delegado destaca que a Polícia Civil, conforme divulgado pela REDEGN, na manhã desta segunda-feira (05), desencadeou a 46ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada "ROMANI", vinculada à Diretoria Integrada do Interior 2 – DINTER 2. A operação resultou na prisão temporária do vereador de Petrolina, Gaturiano Cigano, dois assessores e dois policiais militares.
"Os dois polícias militares estão nos batalhões. Os delegados da Força Tarefa vão analisaR as prisões". Todos passarão amanha dia 6 por audiência de custódia".
A investigação foi iniciada em fevereiro de 2022, com o objetivo de identificar e desarticular Organização Criminosa voltada à prática dos crimes de Homicídio Qualificado Tentado, Dano Qualificado, Receptação Dolosa e Crimes Previstos no Estatuto do Desarmamento.
No dia de hoje, estão sendo cumpridos 06 (seis) Mandados de Prisão e 06 (seis) Mandados de Busca e Apreensão Domiciliar, todos expedidos pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Mirandiba-PE. Na execução, estão sendo empregados 35 (trinta e cinco) Policiais Civis, entre Delegados, Agentes e Escrivães, além de servidores da Corregedoria Geral da SDS/PE.
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL.
Durante entrevista a Rádio Jornal, o delegado Leonardo Monteiro confirmou que o nome do vereador preso é de Petrolina, Gaturiano Pires da Silva (chamado de Gaturiano Cigano, já havia sido detido anteriormente no âmbito da Operação Errantes, realizada pela Polícia Federal em 23 de fevereiro deste ano.
FEVEREIRO: Em atendimento a requerimento do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal decretou, no dia 23 de fevereiro, a prisão preventiva, em Petrolina (PE), do vereador Gaturiano Pires da Silva, no âmbito da Operação Errantes, deflagrada pelo MPF e PF na semana passada.
A operação investiga crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa que atua no município pernambucano de Petrolina e região.
Em 16 de fevereiro, a PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, nos municípios de Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA). Investigações realizadas ao longo de meses, inclusive com uso de ação controlada, revelaram a existência de organização criminosa extremamente ramificada, com divisão interna de funções, que atua de forma duradoura e estável praticando golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o momento, estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 45 milhões.
Os crimes consistem na obtenção, mediante diversas fraudes, de benefícios assistenciais e previdenciários. Os líderes do esquema auferem os lucros decorrentes dos pagamentos de centenas de benefícios irregulares. Na execução dos crimes, são auxiliados por várias pessoas, recrutadas por eles para atuar como operadores do esquema ou laranjas.
Esses laranjas – na maioria pessoas analfabetas ou com pouca instrução e de idade avançada - são usados para emissão de documentos de identidade falsos, depois utilizados nos requerimentos de benefícios perante o INSS. Os operadores das fraudes viajam por diferentes estados para providenciar as emissões dos documentos de identificação irregulares, como registros gerais (RGs) e certidões de nascimento. Um mesmo laranja chega a ter dezenas de RGs fraudulentos.
De acordo com as apurações, a organização criminosa também movimenta um verdadeiro comércio paralelo de aluguel, venda e permuta de cartões de saques de benefícios irregulares. Em virtude dos ganhos com os crimes, os líderes da organização criminosa possuem patrimônio elevado, cujos bens de alto valor são registrados em nome de terceiros, e ainda praticam outras atividades ilícitas, a exemplo de agiotagem, como forma de alavancar os ganhos.
Redação redeGN Foto Polícia Civil
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