O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tomará outros rumos em 2024, quando o novo ensino médio estiver plenamente implementado em todas as escolas brasileiras.
Mesmo com parecer já emitido pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) e os primeiros contornos da proposta revelados, nada ainda está definido.
Pelo contrário, esses são os primeiros passos de um longo debate, ofuscado pelas apurações sobre desvios e corrupção no Ministério da Educação (MEC).
As primeiras discussões dão como pista um Enem com questões abertas, em duas etapas, prestes a retomar antigas fórmulas de avaliação e com a cara do velho vestibular de universidades federais, como o da UFMG. Nessa reformulação, as instituições de ensino superior também poderão ganhar mais voz, reassumindo papéis decisivos na seleção de seus futuros alunos.
Especialistas defendem que é preciso atualizar o Enem para acompanhar o novo ensino médio, ditado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cujo papel é garantir direitos comuns e fundamentais a todos os estudantes. Nos novos moldes da última etapa da educação básica, alunos de todo o país terão uma formação comum básica e a possibilidade de aprofundar em áreas de maior interesse – os itinerários formativos, trilhas que os adolescentes vão percorrer dentro de seu projeto de vida.
A proposta do novo Enem foi pensada por um grupo de trabalho constituído em julho do ano passado e representado pelas secretarias de estado de educação, MEC, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), CNE e escolas privadas.
0 comentários