Uma cidade cearense demonstra com clareza absoluta a importância das vacinas contra a Covid. Longe das praias de Fortaleza, Guaramiranga sempre se destacou pelo clima de cidade serrana do Ceará. Mas agora tem atraído turistas que também se preocupam com a saúde.
"Mais segura, tranquila. Aliás a gente, hoje em dia, escolhe os locais onde a gente sabe que isso aí está acontecendo", diz a médica Suerda Guimar Fernandes.
O que acontece lá é o sucesso da vacinação contra a Covid. Na cidade, com mais de 5 mil habitantes, 96% dos moradores com mais de 11 anos já tomaram duas doses da vacina e 25%, a dose de reforço. Guaramiranga também aplicou, antes de todos os municípios do Ceará, a primeira dose em todos os adultos, em junho de 2021.
"A gente fica muito satisfeito por ter tido essa vacinação e sabendo que a vacina salva", afirma o professor Luzibergue Souza Carneiro.
Por isso a cidade foi escolhida como teste de eficiência da vacina. Quando recebe as doses, cada morador passa por dois exames: um para detectar a presença do vírus e outro para avaliar o grau de imunidade a ele.
"O que nós temos apresentado é uma resposta bem positiva já na segunda dose. A gente prova que os pacientes que estão contraindo a Covid, por conta da vacina, eles estão tendo sintomas leves”, afirma a secretária de Saúde de Guaramiranga, Silvana Soares de Souza.
Os dados são repassados ao governo do estado.
“Esse monitoramento é importante para entender como se dá a transmissão e a gravidade, principalmente dos casos que têm acontecido. Até o momento, Guaramiranga não registra óbito desde junho de 2021", diz a secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde do Ceará, Ricristhi Gonçalves.
O parâmetro mais visível da eficiência das vacinas é a quantidade de internações no único hospital da cidade, que passou os últimos seis meses de 2021 sem nenhum paciente internado por Covid. Neste ano, com o aumento no número de casos da doença, houve apenas uma internação: uma paciente, com sintomas moderados, que recebeu alta quatro dias depois.
Dona Antônia, que tem epilepsia e hipertensão, está se recuperando em casa, com o marido. Ela pegou Covid antes de tomar a dose de reforço da vacina. Agora terá que esperar um pouco.
"Saiu bem porque, graças a Deus, ela tomou duas doses da vacina, e amenizou a força da Covid", conta o vigia Raimundo Vieira da Silva.
Seu Raimundo também pegou Covid, mas quase não sentiu nada. E agora está feliz por comprovar a importância da vacina: “Foi um alívio. Funciona sim. Sou prova disso. Prova viva”.
jornal Nacional Foto Ilustrativa
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