O julgamento de Nielton Gonçalves Soares, apontando como autor do crime que vitimou Alice Nilza Rodrigues, acontece hoje (5), no Fórum Conselheiro Luiz Viana, em Juazeiro. O crime aconteceu em janeiro de 2019, e o corpo da jovem, que na época tinha 18 anos, foi encontrado em um terreno próximo a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) de Juazeiro.
Nielton Gonçalves Soares foi preso em flagrante pela Polícia Civil horas após o crime, mas até então não tinha sido levado a júri popular. Em maio de 2019, durante audiência de instrução realizada no Fórum Conselheiro Luiz Viana Filho, em Juazeiro, o juiz considerou existir indícios de um crime doloso e que o acusado poderia ser o culpado. Considerou ainda que, por se tratar de um crime doloso contra a vida, o processo deveria ser julgado pelo tribunal do júri.
A família de Alice espera que Nielton seja condenado.
Entrevista
Recentemente, a RedeGN conversou com Holglas Rodrigues, irmã da vítima, que contou vários detalhes sobre a relação de Alice e o acusado. Holglas disse, por exemplo, que a vítima teria terminado o relacionamento em virtude do comportamento agressivo do então companheiro, e que as amigas de Alice chegaram a relatar que ele a ameaçava de morte, pois estava obcecado pelo fato de que ela não queria manter um relacionamento.
Holglas também disse haver provas contundentes de que Nielton foi o autor do crime. "Uma semana anterior ao crime, Nielton divulgou fotos dela, na rede social Facebook, com intuito de envergonhá-la e denegrir sua imagem. A mesma só não prestou queixa pois ele, de maneira muito dissimulada, a pediu perdão por várias vezes. No dia crime, quando a polícia o abordou, foi encontrado com o mesmo o telefone celular e suas vestes estavam sujas de sangue, sangue de Alice, escondidas embaixo de sua cama. Além de várias câmeras no Centro da cidade que flagraram ele junto com ela, minutos antes do crime, entre outras provas", disse Holglas.
A família também disse esperar que o júri fala Justiça. "Esperamos Justiça, que ele pague judicialmente pelo crime que cometeu. Esperamos que o júri popular realmente represente a vontade da população de viver em paz e em equilíbrio. Não somente a família precisa da justiça, mas toda a sociedade, se não, que resposta estaremos dando para nossas meninas? Para nossos filhos? Para nós mesmos? Não podemos admitir que a violência contra a mulher ou contra qualquer inocente seja normalizada. Pois a maior epidemia que assola o Brasil hoje é feminicídio. Devemos lutar contra esses crimes, para que esses crimonosos pensem mais de duas vezes antes de cometer tais atos atrozes, pervesos, impiedosos", diz Holglas.
Da Redação RedeGN / foto: arquivo
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