A Comissão de Ética do Futebol Brasileiro puniu o presidente da CBF, Rogério Caboclo, com um total de 15 meses de afastamento do cargo por entender que houve "conduta inapropriada" na relação com uma funcionária da entidade. A denúncia inicial apontava assédio moral e sexual, com base em gravações que mostravam Caboclo perguntando à mulher: "Você se masturba?".
Como a decisão prevê o abatimento dos três meses já quase cumpridos desde o afastamento inicial, em 6 de junho, a sanção ao dirigente vai até o início de setembro de 2022.
A confirmação da punição será alvo de deliberação da assembleia geral da CBF, composta pelas 27 federações estaduais. A reunião aconteceria nesta quarta-feira (25), mas foi cancelada por decisão da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA), após um pedido de Caboclo. O entendimento é que o edital não poderia ter sido publicado pela diretoria da CBF sem que antes houvesse a sentença da Comissão de Ética.
A sentença foi definida nesta terça (24) pela Câmara de Julgamento da Comissão de Ética e comunicada em uma sessão virtual. A relatoria do caso ficou com Amilar Fernandes Alves.
A comissão chegou a caminhar para aplicar 12 meses de punição, mas quando se deparou com a detração da pena (abatimento do tempo já cumprido), houve acréscimo de mais três meses.
GANCHO
Com os 15 meses totais, Caboclo ainda poderá cumprir parte do mandato, que vai até abril de 2023, mas voltará à cadeira provavelmente já depois da eleição para o mandato seguinte. A perspectiva é que a CBF eleja o novo presidente em abril de 2022.
Como esse cenário, o Coronel Nunes segue como presidente em exercício da CBF. Sem o afastamento definitivo de Caboclo, eleito em 2018, não haverá eleição entre os oito vice-presidentes que fizeram parte da chapa com ele.
Diário do Nordeste / foto: Divulgação/CBF
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