Em entrevista à CNN, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "pediu" para ser reconvocado à CPI da Pandemia ao participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (23). "Ele pediu para ser reconvocado, e será, sim", disse ele, que é membro titular da Comissão.
"Realmente, é um fato lamentável um general do Exército, da ativa, ter um comportamento dúbio como tem Eduardo Pazuello. Na CPI, ele foi de máscara, defendeu a máscara, e hoje, a convite do chefe, que comanda ele, naquele palpite infeliz 'um manda e outro obedece', vai para a reunião e tira a máscara", afirma.
A assessoria do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), confirmou que o requerimento para reconvocar Pazuello a depor deve ser votado na próxima quarta-feira (26).
Alencar também classificou a aglomeração no Rio de Janeiro como "lamentável". "É uma provocação àqueles que estão nos hospitais, nas UTIs, nos ambulatórios, sofrendo com Covid-19, e pior provocação à memória de 440 mil brasileiros que perderam a vida", falou.
O senador afirmou ainda que outras figuras serão chamadas novamente ao Senado, como o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. "Ele prega uma coisa, e o presidente faz outra. Para que Queiroga quer continuar ministro?", questionou. "Ele foi completamente desautorizado. Se continuar no cargo, é apenas para ter na sua biografia que foi ministro da Saúde de um governo que não respeita suas determinações".
Aprofundamento da CPI
O parlamentar disse também achar cedo para um relatório preliminar da Comissão. "A CPI tem três semanas, começamos e já foram reveladas muitas coisas", falou. "É muito cedo para um relatório preliminar. Devemos nos aproximar mais, e a CPI vai se aprofundar ouvindo outros atores que tiveram relação direta com a crise sanitária que levou a óbito quase 450 mil pessoas no Brasil".
Ele lembrou outras duas pessoas que serão chamadas a depor, como a ex-secretária do Ministério Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina", e o ex-secretário-executivo da pasta, general Elcio Franco.
Fonte: CNN Brasil
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