Os números de casos e mortes por Covid-19 no Brasil podem aumentar ainda mais nas próximas semanas e o sistema de saúde corre o risco de entrar em colapso, afirmou o cardiologista Roberto Kalil Filho. A entrevista foi concedida a CNN.
"Estamos no pico de uma tragédia. Tenho 34 anos de Medicina, nunca imaginei estar numa situação dessa. Os hospitais estão colapsando, as UTIs lotadas, a taxa de mortalidade desse vírus não é pequena, os profissionais estafados. Honestamente, não sei onde vai parar", afirmou.
Os números de casos e mortes por Covid-19 no Brasil podem aumentar ainda mais nas próximas semanas e o sistema de saúde corre o risco de entrar em colapso, afirmou o cardiologista Roberto Kalil Filho - que em breve estreará o programa "Sinais Vitais", na CNN - em entrevista na noite desta quinta-feira (11).
"Estamos no pico de uma tragédia. Tenho 34 anos de Medicina, nunca imaginei estar numa situação dessa. Os hospitais estão colapsando, as UTIs lotadas, a taxa de mortalidade desse vírus não é pequena, os profissionais estafados. Honestamente, não sei onde vai parar", afirmou.
"Pelas projeções, nas próximas semanas isso vai piorar. Vai aumentar o número de contaminados, a mortalidade diária, que chegou a um nível inviável. Uma situação muito dramática. Não vejo muita saída a não ser a vacinação em massa. Por enquanto, o número de pessoas vacinadas é pífio", disse.
Kalil relatou as complexidades que o sistema de saúde enfrenta. "Não adianta ficar criando leito de UTI, tem que ter pessoal para isso. O médico com experiência é muito difícil no mercado, temos problemas na contratação da equipe multidisciplinar. Você não vai colocar um profissional de saúde sem experiência para tratar alguém com Covid-19 na UTI", explicou.
O médico disse que ainda é preciso lidar com as sequelas de quem teve a forma da doença e sobreviveu. "25% nos primeiros seis meses após a alta morrem. Isso para o sistema de saúde é uma verdadeira catástrofe."
Kalil enumerou também os fatores que, em sua análise, levaram a situação ao nível atual. "Chegamos a esse ponto por a população não estar vacinada, as variações do vírus agredindo, os hospitais entrando em colapso e as pessoas não colaborando. É uma situação ideal para o vírus ganhar não só a batalha, como a guerra", pontuou.
Redação redeGN com informações CNN
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