As candidaturas coletivas surgem como um novo mecanismo eleitoral, de origem popular, ainda não legalizado, mas que estarão muito presentes nessas eleições municipais e devem ganhar o território nacional daqui para frente. Não é um instrumento legal de candidaturas, mas os grupos conseguem driblar as exigências da lei com muita criatividade, sem ferir a legalidade ou cometer algum tipo de crime.
O mecanismo reúne pessoas que defendem uma pauta comum, ou várias pautas comuns. Então, o CPF de um ou de uma das candidatas vai ao processo eleitoral, conforme as regras legais. Legalmente é o dono (a) do CPF que pode se eleger, mas é o coletivo que vai pensar os temas, a campanha e que vai posteriormente agir na Câmara de Vereadores. Ainda mais, as que conheci vão dividir o salário, o gabinete, o tempo de fala nas plenárias e ainda com seus assessores.
Aqui na região as candidaturas coletivas têm pautado temas como saneamento ambiental, educação, saúde, direitos das populações LGBTs, inclusão dos direitos da natureza nas leis municipais, segurança etc. Há tempos as candidaturas burocráticas não debatem esses temas.
A vantagens iniciais que se pode perceber são várias: retomam pautas de interesse popular; as ou os candidatos defendem essas pautas até por razões de interesse; formam um coletivo para pensar e agir; debatem com as comunidades; não fazem do cargo um cabide de emprego, até porque ninguém conseguirá viver com um salário tão dividido; por fim, pessoalmente consegui ver em algumas dessas candidaturas uma verdadeira retomada do trabalho de base.
O grupo “Direitos da Natureza” fez um debate online nacional sobre a inclusão dessa questão nas Lei Orgânica dos municípios. O interessante foi que grande parte dos candidatos participantes tinham esse viés de candidatura coletiva.
Talvez seja a reação a uma burocratização das eleições, dos candidatos e seus mandatos. Mas, pode ser muito mais, pode ser o novo horizonte da participação do povo nas eleições, não só com o voto, mas pautando suas demandas e necessidades através de grupos que se colocam no processo eleitoral para defender seus interesses. As eleições municipais desse ano podem ser um bom começo, mas quem sabe os mandatos coletivos possam se espalhar por todo país também nas eleições de deputados e senadores.
Roberto Malvezzi (Gogó)
Espaço Leitor
5 comentários
30 de Oct / 2020 às 23h16
Srs leitores do conceituado. E, em especial, o Sr Roberto. Concordo, mas, na realidade, tudo como antes, no quartel de Abrantes, pois, só a pessoa jurídica, que foi inscrita na justiça, em se elegendo, é quem irá fazer legal a representação da sociedade, não podendo, ser substituída por outro(a) do grupo. Entendo afim, que é um aviso da sociedade, para que o congresso, óbvio, após interagir com a sociedade organizada de todos os segmentos, faça a reforma da reforma, que é a reforma política. Outrossim, reflete a não participação das pessoas, no mandato dos nossos representantes.
31 de Oct / 2020 às 06h23
ocupante do planalto completa hoje 45% de seu mandato e NADA, ABSOLUTAMENTE, NADA aconteceu de bom e que seja de proveito da população. Está desde o início alimentando seu gado com idiotices, mentiras, histrionismo de enésima categoria, deboche, falta de caráter, visão zero do que seja um estadista mas, o triste, é que ainda há quem goste. Um batalhão de psicólogos precisa analisar o Brasil a começar pelo Planalto. O Brasil é a vergonha do mundo. 3 ocupante do planalto completa hoje 45% de seu mandato e NADA, ABSOLUTAMENTE, NADA aconteceu de bom e que seja de proveito da população. Está desd
31 de Oct / 2020 às 06h26
BOLSONARO NUNCA MAIS..BOLSONARO ENGANOU O BRASIL..BOSTANARO PIOR QUE COLLOR...DEUS ME LIVRE DESTE LOUCO GENOCIDA ANIMAL RUIM DA PIOR ESPÉCIE
31 de Oct / 2020 às 06h29
HOJE TUDO PIORANDO CULPA DE BOLSONARO..ARROZ 5.00 ÓLEO 7.00..BUJAO 80.00..BOLSONARO É FILHOS BILIONARIOS É O POVO POBRES .....MUITAS DINHEIRO NAS CUECAS sujas de FEZES
31 de Oct / 2020 às 09h08
Não tem como dá certo, porque o eleito dividi o salário se quiser, e não pode aquele que não foi eleito usar o tempo do parlamentar, nem votar porque não foi eleito. Esse tipo de procedimento vai determinar os assessores, porque aqueles do coletivo obviamente serão os assessores, do candidato eleito, é mais uma manobra para enganar a população. E mais, quem mandou duas votos para a urna, poderá ser ainda impugnado, porque não obedece o estabelecido pela lei das eleições.