Após 8 meses e dias do primeiro decreto relacionado à covid-19 e de medidas de enfrentamento ao vírus, segundo boletim da Secretaria de Saúde de Petrolina, o municipio atingiu o número de 100 mortes causada pela pandemia. São de 6.521 pessoas infectadas.
Em Juazeiro a Secretaria Municipal da Saúde registrou no Boletim de ontem quarta-feira (21) mais 28 casos confirmados da COVID-19, totalizando 4.846 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, além de 114 óbitos desde o início da pandemia.
Ontem ao tomar conhecimento da centésima morte por Covid-19 em Petrolina, o candidato a prefeito, Miguel Coelho (MDB), decidiu suspender a agenda de campanha. O emedebista, portanto, não terá compromissos, nesta quinta-feira (22), em respeito aos familiares e amigos das vítimas.
Em pronunciamento divulgado nas redes sociais, Miguel lamentou as mortes, mas salientou também que o trabalho realizado no combate ao coronavírus tem sido referência na região. Apesar dos 100 óbitos, Petrolina segue como o município com menor mortalidade por covid-19 entre todas as cidades com mais de 200 mil habitantes do Nordeste.
"Desde março, adotamos diversas medidas para minimizar os impactos da pandemia. Medidas que foram bem importantes para salvar o máximo de vidas. Entre todas a cidades do Nordeste com mais de 200 mil habitantes, Petrolina foi a que teve o menor número de óbitos pela doença. Infelizmente, como em todos os lugares do mundo, também perdemos pais, mães, filhos, avós, pessoas importantes que jamais serão esquecidas por nós e por suas famílias. Em consideração a cada uma dessas 100 famílias, vamos suspender todos os nossos eventos de rua", explicou o prefeito.
Atualmente em todo o Brasil o quadro apresenta números de queda de taxa de transmissão. Ainda há, porém, uma incerteza quanto à avaliação real do cenário atual da pandemia.
Especialistas afirmam que é preciso dar continuidade às medidas de combate recomendadas e realizar projeções exatas e transparentes para se prevenir diante de novos cenários reversos.
“Temos que lembrar que uma parte muito grande da população ainda é suscetível à infecção e agora estamos convivendo com a saída de pessoas que ainda estavam em confinamento, como quem trabalhava de forma remota e voltou ao presencial. É um exército de pessoas que pode fazer com que aconteça a chamada recrudescência de um novo aumento e aceleração de casos”, explica o diretor científico da Sociedade de Infectologia e infectologista do Laboratório Exame, David Urbaez.
O especialista lembra, também, que é uma avaliação incorreta acreditar que o vírus está “desaparecendo”. “O que há é uma desaceleração. O coronavírus está vivo e isso precisa ser dito no debate diário, mas há um negacionismo muito grande em relação à doença. Não adianta dizer que estamos cansados de ficar em casa, sem se aglomerar, porque o vírus não cansa”, afirma.
Segundo ele, outra forma de ação importante para combate e prevenção é ter uma vigilância rigorosa, aliada de conscientização da população. “A gente vê uma quantidade grande de pessoas que está sem máscara, que diminui o distanciamento, frequenta locais publicos.. Isso volta a dar todas as condições para aumentar a circulação do vírus”, explica.
Redação redeGN
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