Um dos maiores desafios dos produtores rurais que vivem no semiárido é dar continuidade às atividades agropecuárias em meio ao déficit hídrico registrado na região. Para a Sudene, a palma forrageira desponta como alternativa viável ao suporte alimentar animal durante os períodos de seca. E é com o objetivo de apresentar pesquisas e projetos que ratificam a importância do vegetal para a economia nordestina que a autarquia realiza nesta terça-feira (25), a partir das 8h, a II Reunião Técnica da Rede Palma. O evento acontece na sede da autarquia no Recife em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Um dos itens da programação é a validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático da Palma Forrageira. Este levantamento delimita os territórios que possuem aptidão climática para o cultivo da planta, indicando os períodos mais favoráveis para o plantio nos municípios considerados aptos. O objetivo é minimizar perdas agrícolas por excesso ou escassez de água. A exposição será comandada pela Embrapa Semiárido.
Também serão apresentados os dois projetos escolhidos pela Sudene durante seleção pública realizada pela instituição federal em maio deste ano. A ideia da superintendência é estabelecer sistemas e tecnologia de produção para a cultura da palma forrageira. Uma das iniciativas eleitas foi o projeto do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que pretende desenvolver sistemas de cultivos intensivos com ênfase nas adubações orgânica e mineral, densidade populacional e irrigação complementar para o aumento da capacidade produtiva da palma forrageira no semiárido.
A outra proposta vencedora é de autoria da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). O trabalho possui dois objetivos: desenvolver soluções tecnológicas para o cultivo da palma no norte de Minas Gerais e Vale do Jequitinhonha e estabelecer uma rede mineira de seleção, multiplicação e distribuição do vegetal. A conclusão dos dois estudos está prevista para 2021. O Ministério da Integração Nacional e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA) complementam a programação com os projetos Interáguas e Repalma, respectivamente.
Ascom
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