Inspirado na história de Gisberta, transexual brasileira assassinada na Europa, o espetáculo de dança 'Sentimentos Gis' iniciará uma temporada gratuita de apresentações no Teatro Dona Amélia. Em nove noites, entre 29 de agosto e 09 de setembro, o bailarino Cleybson Lima sobe ao palco para discutir gênero e sexualidade, sempre às 19h.
Estreado em fevereiro de 2017, essa é a segunda vez que o solo cumpre agenda na cidade. Cleybson conta que esse é um momento importante para manter o trabalho ativo e que acredita que mais pessoas poderão ser atingidas. "Essa discussão para mim ainda é viva e importante. A discussão do preconceito e sobre a vida das travestis e transexuais que foram assassinadas e ainda são a cada dia", afirma Lima.
A bilheteria do teatro abre uma hora antes e a classificação indicativa da obra é para maiores de 18 anos. Mais detalhes sobre a temporada podem ser acompanhadas no site e nas redes sociais do espetáculo @sentimentosgis. Para agendamento de grupos, devem ser acertadas datas com a produção nos telefones (87) 9.9811-1799 [Cleybson Lima] ou (87) 9.8865-1881 [Wendell Britto].
Uma das ações prévias do projeto de manutenção 'Sentimentos Gis' foi a realização de uma oficina de dança gratuita no Cine-Teatro CEU das Águas, no Bairro Rio Corrente. Compartilhando um pouco do processo criativo do espetáculo que iniciará temporada, a oficina 'Corpo em Transformação' foi ministrada pelo bailarino Cleybson Lima.
As aulas aconteceram em três encontros, de sexta (24) ao domingo (26), onde foram propostas experimentações a partir de discussões de gênero e sexualidade. Para Laiane dos Santos Amorim, estudante e atriz, participar da oficina foi muito instigante e acredita que todos irão continuar pensando sobre os assuntos abordados. "Por vezes, a gente acha que só respeitar a história das trans, dos gays e das lésbicas é suficiente. Mas, na verdade, há muitas coisas que eles passam que a gente desconhece", comentou.
A estudante de fisioterapia Valéria Tamires Carvalho Silva disse que participar da oficina foi uma experiência enriquecedora. "Me trouxe mais empatia pela mulher trans. Apesar de eu não poder dizer o que é estar no lugar dela, já que nunca vou sentir isso, de certa forma saber dessas realidades de vida me aproxima. Eu ter um olhar mais empático a isso quando encontrar uma trans", afirma a estudante que também é integrante do Núcleo de Dança Vinte e Sete.
Foto Rubens Henrique
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